Agronegócio

Oferta passada e prevista do arábica ainda freia a alta da estimativa de recuo do conilon

14 fev 2020, 11:35 - atualizado em 14 fev 2020, 11:42
Cooxupé Café Cafeicultura Agricultura Agronegócio
Variedade robusta do café deve ter safra menor este ano, principalmente no Espírito Santo (Imagem: Facebook da Cooxupé )

O Espírito Santo se prepara para uma safra menor de café robusta, mas o mercado ainda não precificou para valer porque a oferta do arábica tira um pouco do suporte, diante de uma boa safra brasileira prevista (em qualidade também) e com exportações de 40 milhões de sacas no ciclo passado. No segundo semestre, deverá ser diferente.

A expectativa de produção capixaba do conilon (robusta), a maior do Brasil, caindo de 15 milhões/s para 12,5 milhões/s, e com traders vendo a safra do arábica menor em 2021 (pela bianualidade da cultura), aí pode virar. “As indústrias vão precisar mais do conilon para suprir a oferta menor do arábica”, avalia Alfredo Giuberti, da Giu Café.

E também no atual momento, com pouco café robusta e as indústrias internas pagando mais que nas exportações, os produtores e tradings não estão preocupados com as cotações de Londres.

A tonelada estava em queda mais cedo nesta sexta (14), mas virou para o positivo com alta de 0,71%, em torno de US$ 1,284 mil a tonelada. Há uma expectativa de menor oferta de robusta do Vietnã, mas ainda é cedo para confiar nos dados daquele país, pensa o corretor.

No spot, de acordo com o corretor de Linhares, a saca varia de R$ 330,00 a R$ 340,00, e liquida para o produtor entre R$ 290,00 a R$ 300,00. No mercado externo, Giuberti tem observado em torno de R$ 286,00, mesmo com dólar favorável.

A redução esperada no próximo ciclo está baseada no casamento de boa safra passada e condições climáticas adversas pelo veranico de janeiro a março de 2019. “Os pés estavam muito carregados e com a seca foi tirada a energia das plantas, que não cresceram o ideal para o café deste ano”, diz Giuberti.

Na safra 18/19, o Espírito Santo produziu 15 milhões/s e o Brasil cerca de 20 milhões/s.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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