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Oi (OIBR3), Via (VIIA3) e outras empresas para ficar de olho hoje

12 ago 2022, 10:26 - atualizado em 12 ago 2022, 10:32
oi oibr3
Segundo a Oi, o resultado negativo reflete um resultado financeiro líquido, também negativo, de R$ 3,13 bilhões (Imagem: Divulgação)

Oi (OIBR3;OIBR4) e Via (VIIA3) são alguns dos destaques corporativos desta sexta-feira (12), em um pregão que deve ser marcado pela repercussão de balanços do segundo trimestre.

A operadora de telefonia teve prejuízo líquido consolidado atribuído a acionistas controladores de R$ 321 milhões, em uma reversão de lucro em relação aos mesmo período do ano passado, quando a companhia mostrou ganho de R$ 1,13 bilhão.

Segundo a Oi, o resultado negativo reflete um resultado financeiro líquido, também negativo, de R$ 3,13 bilhões, além de uma despesa de imposto de renda no valor de R$ 4,72 bilhões.

Via

A Via reportou lucro líquido contábil de R$ 6 milhões, em um recuo de 95,5% em relação ao mesmo período de 2021.

O GMV (volume bruto de mercadorias) teve queda de 3,5% na mesma base de comparação, a R$ 11 bilhões.

O resultado foi influenciado por um recuo de 19% no segmento de omnicanalidade 3P, reflexo da “execução de nossas estratégias de estímulo da cauda longa, o que resultou na recomposição de ticket médio no canal”.

Magazine Luiza e Americanas

Magazine Luiza (MGLU3) reportou prejuízo de R$ 135 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 95,5 milhões registrado no mesmo período do ano passado. A cifra ficou acima do esperado da Bloomberg, que aguardava prejuízo de R$ 86 milhões.

Americanas S.A. (AMER3) amargou prejuízo líquido de R$ 98 milhões no segundo trimestre do ano. Entre abril e junho do ano passado, a varejista acabou reportando perdas de R$ 85 milhões.

Mais varejo e consumo

Arezzo & Co. (ARZZ3) não tem do que reclamar em relação ao segundo trimestre. A companhia registrou um lucro líquido ajustado de R$ 123,4 milhões. A cifra é 106,4% maior que os R$ 47,4 milhões do mesmo período do ano passado.

A fabricante de cosméticos Natura & Co (NTCO) divulgou nesta quinta-feira que teve prejuízo líquido maior do que o esperado para o segundo trimestre, pressionado por um cenário macroeconômico desafiador e maiores despesas financeiras. O prejuízo de 766,7 milhões contrastou com um lucro líquido de 235 milhões registrado um ano antes.

O lucro líquido da Vivara (VIVA3) avançou 10,1% no segundo trimestre do ano ante igual período de 2021. A rede de joalherias viu o montante subir para R$ 89,8 milhões, ante ganhos de R$ 81,6 milhões entre abril e junho do ano passado.

Burger King Brasil (BKBR3) reportou prejuízo líquido de R$ 31,6 milhões no segundo trimestre de 2022. O valor representa uma recuperação frente o mesmo período do ano anterior, quando a empresa teve prejuízo de R$ 97,1 milhões.

Localiza (RENT3) apresentou lucro líquido de R$ 456,7 milhões no segundo trimestre. O resultado é 2% maior que o do mesmo período do ano passado, e foi ajudado pelo aumento de receitas e contenção de gastos. Por outro lado, o salto das despesas financeiras quase pôs tudo a perder.

Techs

Locaweb (LWSA3) reportou lucro ajustado de R$ 38,7 milhões no segundo trimestre de 2022, alta de 63% ante o mesmo período do ano passado. A receita líquida subiu 53,3%, somando R$ 173 milhões.

Infracommerce (IFCM3) divulgou um prejuízo líquido de R$ 61 milhões no segundo trimestre deste ano. O valor representa uma alta no prejuízo da companhia em 315%, após prejuízo de 14 milhões registrado no 2T21.

Shoppings

A JHSF (JHSF3) registrou lucro líquido de R$ 220,7 milhões no segundo trimestre, queda anual de R$ 31,3%. O resultado superou a estimativa de R$ 134 milhões feita por analistas do BTG Pactual.

A gestora de shopping centers brMalls (BRML3) teve lucro líquido ajustado de 166 milhões de reais no segundo trimestre, quase três vezes acima do resultado obtido no mesmo período de 2021, com forte avanço na receita líquida e seguindo tendência apresentada por rivais por conta da volta de fluxo de consumidores aos empreendimentos.

Educação

Ser Educacional (SEER3) reportou lucro líquido de R$ 31 milhões, queda de 25,7% frente ao mesmo período do ano passado. A receita líquida da companhia totalizou R$ 464,2 milhões entre abril e junho, avanço de 20,4% ante o valor registrado em 2021.

Cogna (COGN3) reverteu o lucro ajustado de R$ 28 milhões do ano passado e teve prejuízo de R$ 36 milhões no segundo trimestre de 2022, mostra documento enviado ao mercado. Apesar disso, o número veio melhor que o esperado pelo consenso da Bloomberg, que aguardava prejuízo de R$ 89 milhões.

Energia, saneamento etc

Aeris (AERI3) reportou prejuízo líquido de R$ 28,6 milhões no segundo trimestre (2T22). Nos seis primeiros meses do ano, a produtora de pás eólicas registrou prejuízo de R$ 27,4 milhões.

CPFL (CPFE3) lucrou R$ 1,26 bilhão no segundo trimestre. O resultado é 12,1% maior que o do mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida permaneceu praticamente estável, com ligeira queda de 0,1%, para R$ 8,06 bilhões.

Eneva (ENEV3) informou que registrou um resultado líquido de 147,3 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 24,7% ante mesmo período de 2021, conforme balanço financeiro. A receita líquida operacional, por sua vez, aumentou 40,1% ante o segundo trimestre do ano passado, para 1,348 bilhão de reais.

Auren (AURE3), geradora de energia controlada pelo grupo Votorantim e o canadense CPPIB, encerrou o segundo trimestre com um prejuízo líquido de 2 milhões de reais, 97,6% menor que o prejuízo de 86,2 milhões de reais reportado um ano antes.

Sabesp (SBSP3) informou que o lucro líquido de abril a junho somou 422,4 milhões de reais, queda de 45,4% ano a ano. A receita líquida da companhia no trimestre somou 5,26 bilhões de reais, aumento de 14,6% ano a ano.

Compass, do grupo Cosan (CSAN3), atualizou sua projeção para a geração de caixa operacional medida pelo Ebitda ajustado para o intervalo entre 3,2 bilhões e 3,5 bilhões de reais, contra previsão anterior de 3 bilhões a 3,3 bilhões de reais.

Raízen (RAIZ4) reportou lucro líquido consolidado de R$ 1,09 bilhão no primeiro trimestre de seu ano-safra 2022-2023. O período corresponde aos meses de abril a junho deste ano. O resultado é mais que o dobro dos R$ 501,4 milhões obtidos no mesmo intervalo do ano passado.

Saúde

Qualicorp (QUAL3) informou que teve lucro líquido de 49,4 milhões de reais no segundo trimestre, um recuo de 45,3% ante mesma etapa do ano passado, refletindo queda na base de clientes e aumento de despesas financeiras. 

O grupo de medicina e planos de saúde Hapvida (HAPV3) anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido ajustado de 241 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 12% sobre o desempenho de um ano antes.

Agro

Marfrig (MRFG3) reportou lucro líquido de R$ 4,2 bilhões, disparada de 145%. O Ebitda subiu 1,6%, a R$ 3,983 bilhões em meio a resultados mais fracos nos Estados Unidos, que lida com uma menor oferta de gado.

JBS (JBSS3) apresentou lucro líquido consolidado, atribuído aos controladores, de R$ 3,95 bilhões no segundo trimestre. A cifra representa uma queda de 9,8% sobre o registrado no mesmo período do ano passado.

Construtoras

construtora Trisul (TRIS3) anunciou lucro líquido de R$ 20,4 milhões no segundo trimestre de 2022, o que representa queda de 42% sobre o mesmo período do ano anterior.

A Incorporadora Eztec (EZTC3), com foco nos segmentos de médio e alta padrão, anunciou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 83,1 milhões no segundo trimestre deste ano. O resultado representa queda de 40,4% em relação ao mesmo período de 2021.

O lucro líquido da Cyrela (CYRE3) caiu 43,5% no segundo trimestre de 2022, para R$ 151 milhões. Por outro lado, a receita líquida subiu 5,8%, a R$ 1,2 bilhão.

Outros setores

Rumo (RAIL3) voltou a acusar o efeito combinado de altos preços de combustíveis, quebra de safra no Sul do país e o efeito de juros mais altos sobre o custo da dívida, que pressionaram o lucro do segundo trimestre. A linha chegou a 30 milhões de reais, queda de 90,4% ante mesma etapa de 2021.

A petroleira Enauta (ENAT3) informo que registrou lucro líquido de 280,6 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 55,9% ante o resultado do mesmo período de 2021.

O lucro líquido consolidado da B3 (B3SA3), a dona da Bolsa brasileira, recuou 0,8% no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, e somou R$ 1,092 bilhão. A margem líquida baixou de 49,4% para 48,7%.

* Com Diana Cheng, Iasmin Rao Paiva, Márcio Juliboni, Renan Dantas e Zeca Ferreira, com informações da Reuters. 

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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