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Os desafios do transporte e fretes marítimos para 2023

29 nov 2022, 9:26 - atualizado em 29 nov 2022, 9:26
Exportações Importações Portos Navio
Fretes marítimos vão ficar mais baratos em 2023? Leia a coluna do Michel Alaby, CEO da Alaby & Associados. (Imagem: Unsplash/John Simmons)

Sob a ótica do transporte marítimo, entramos o ano de 2023, com fretes marítimos bem abaixo do observado nos últimos dois anos, mesmo que ainda acima dos níveis registrados em 2019, antes da pandemia da Covid-19.

Em relação aos armadores internacionais, os vigorosos resultados financeiros nos últimos anos representaram uma verdadeira avalanche aos estaleiros para encomendar novos navios, mas, a partir de então, houve uma parada.

A demanda de produtos tem se restringido e decresceu a demanda de serviços internacionais.

Segundo a Alphaliner, em 2023, entrarão em operação 343 navios com capacidade para transportar 2,3 milhões de TEU‘s, representando um incremento de oferta de capacidade de 8,1%, mas a demanda global crescerá tão somente em torno de 2,7%, gerando um descompasso entre a oferta e a demanda.

Ao todo há cerca de 917 navios (7 milhões de TEU‘s) encomendados, equivalentes a 27,4% da frota nacional em operação.

As empresas marítimas estão preocupadas com as melhores práticas ESG certamente, com interesse em atender menores níveis de emissões, aumentar eficiência energética, enfim, enfrentar a pegada de carbono de seus fornecedores de frete marítimo.

Outro item que merecerá a devida atenção para a agenda 2023 é a verticalização e a expansão da presença dos armadores na cadeia logística com serviços integrados, como por exemplo, a entrada no transporte aéreo.

Os processos de automatização e digitalização com o 5G continuarão em ritmo acelerado.

Segundo relatórios do Banco Mundial e da Associação Internacional de Portos e Terminais, concluiu que a colaboração digital entre entidades públicas e privadas em toda a cadeia de suprimentos marítimos, resultará ganhos significativos de eficiência e eficácia em suprimentos e segurança e, proteção ambiental.

Infelizmente, há um cartel dos armadores e isso prejudica o setor exportador e importador.

Além do mais, com a atuação deles no transporte aéreo, mais do que nunca as associações de exportadores e importadores devem judicializar o tema.

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CEO da Alaby & Associados, consultor da PNUD/ONU em counter trade, membro do Conselho de Comex da Fiesp, ex-diretor da Funcex e durante 35 anos foi secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, responsável direto por dezenas de missões institucionais e comerciais, além de participações em feiras, inclusive em apoio ao Itamaraty.
CEO da Alaby & Associados, consultor da PNUD/ONU em counter trade, membro do Conselho de Comex da Fiesp, ex-diretor da Funcex e durante 35 anos foi secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, responsável direto por dezenas de missões institucionais e comerciais, além de participações em feiras, inclusive em apoio ao Itamaraty.
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