Investimentos

Ouro, Bitcoin, IBOV: Os melhores e os piores investimentos do semestre

01 jul 2022, 14:25 - atualizado em 01 jul 2022, 14:30
Nem o investimento em ouro, ativo considerado defensivo, escapou de encerrar o período do vermelho (Imagem: Unsplash/Executium)

O primeiro semestre vai embora com gostinho amargo para investidores. Segundo levantamento elaborado por Einar Rivero com apoio dos dados da plataforma TC/Economatica, de pelo menos 11 ativos, somente quatro terminaram com retornos positivos, considerando o primeiro semestre.

Nem o ouro, ativo considerado defensivo, escapou de encerrar o período do vermelho, com desvalorização de 9,03%.

Já o Índice de Hedge Funds ficou em primeiro lugar, com rentabilidade de de 8,48%. Esses índice, organizado pelo Ambima, reúne os principais hedge funds do mercado brasileiro, também chamados de fundos multimercados.

Veja a lista:

Ativo Retorno (%) Data da útilma cotação
Índice de Hedge Funds 8,48% 27/06/2022
CDI 5,36% 29/06/2022
IMA-B* 4,06% 29/06/2022
Poupança 3,58% 30/06/2022
Ifix -0,33% 30/06/2022
Ibovespa -5,99% 30/06/2022
Dólar Ptax Venda -6,14% 30/06/2022
Ouro -9,03% 30/06/2022
Euro Real -13,24% 30/06/2022
Índice de BDRs -27,61% 30/06/2022
Bitcoin -60,39% 29/06/2022

*índice de fundos atrelados ao IPCA

Bitcoin, destaque negativo

Entre os destaques da queda está o Bitcoin. A criptomoeda, que até pouco tempo era considerada um ativos “descolado” de outros investimentos, derreteu 60%.

Foi pior trimestre em mais de uma década em meio ao aperto monetário dos bancos centrais e uma série de colapsos de criptomoedas que minaram os ânimos no setor.

O tombo de 58% da principal criptomoeda foi o maior desde o terceiro trimestre de 2011, quando o Bitcoin ainda estava em sua infância.

Desde então, o setor teve vários altos e baixos, e o valor de mercado das criptomoedas chegou a atingir o pico de US$ 3 trilhões à medida que elas ganhavam uma adoção mais ampla e as taxas de juros ultrabaixas estimulavam a tomada de riscos.

Mas alguns analistas apontam para sinais de que o fundo do poço pode estar próximo. A desalavancagem que acelerou a liquidação dos últimos meses pode estar se esgotando, estrategistas do JPMorgan, incluindo Nikolaos Panigirtzoglou disseram em nota.

Eles também apontaram para o financiamento de capital de risco que “continuou em um ritmo saudável em maio e junho”.

Ibovespa, queda livre?

O Ibovespa também vive o pior dos mundos, com o risco fiscal aqui no Brasil e a os perigos de recessão lá fora pressionando o índice.

O ano até começou com boas notícias: uma enxurrada de investimentos externos como nunca visto há algum tempo aportaram no mercado, fazendo com que o Ibovespa desse sinais de esperança – o índice chegou a bater em 120 mil pontos.

A guerra que estourou na Ucrânia também beneficiou o Brasil, principal celeiro de commodities da América Latina. Porém, logo os efeitos colaterais da falta de matérias-primas pesou para inflação, que atingiu máximas históricas nos Estados Unidos e na Europa.

Era inevitável que o Federal Reserve, o Banco Central americano, tomasse medidas para conter a escalada dos preços. E, novamente, isso atingiu o país.

A alta dos juros fez com que os títulos do tesouro americana, o investimento mais seguro do planeta, ganhasse atratividade, provocando a saída de ativos mais arriscados em países emergentes, como no Brasil.

Agora, o tom de investidores e analistas é de que o Ibovespa está “extremamente” barato. O índice negocia a cerca de 6,1 vezes o lucro estimado, bem abaixo da média histórica de 10 anos de 11,6 vezes. A questão é se o índice pode ficar ainda mais descontado.

Com Bloomberg

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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