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Pandemia não muda logística por ora, diz gigante de contêineres

05 jun 2020, 16:16 - atualizado em 05 jun 2020, 16:16
“Estamos relativamente confiantes em relação a 2020″

Haverá pouca mudança nas cadeias de suprimentos globais após o coronavírus, pelo menos no curto prazo, de acordo com o diretor financeiro da terceira maior empresa de contêineres do mundo.

A CMA CGM, com sede em Marselha, espera uma contração de 15% nos volumes no segundo trimestre, que será o ponto mais baixo do ano, disse Michel Sirat em entrevista por telefone nesta sexta-feira. Depois disso, os volumes “devem subir em todos os cenários de recuperação”.

“Estamos relativamente confiantes em relação a 2020”, disse ele.

Sirat disse que quaisquer movimentos de alteração nas redes de suprimentos provavelmente serão lentos e os clientes continuarão a comprar mercadorias na China pós-pandemia.

O coronavírus revelou fraquezas nas redes globais de fornecimento, incluindo uma forte dependência da indústria de autopeças da província chinesa de Hubei, onde ocorreu o primeiro surto. As suspensões de produção em fábricas geraram estragos ao redor do mundo.

A fala de Sirat ocorre no momento em que a CMA CGM divulgou o balanço do primeiro trimestre, que mostrou uma virada para lucro líquido de US$ 48 milhões, depois de prejuízo líquido de US$ 43 milhões no mesmo período do ano anterior.

A receita foi de US$ 7,19 bilhões no primeiro trimestre, uma queda de 3% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o comunicado. O Ebitda aumentou 25%, para US$ 973 milhões no mesmo período, principalmente devido às medidas de corte de custos implementadas em 2019.

Recentemente, a empresa assegurou um empréstimo de 1,05 bilhão de euros, com 70% garantido pelo estado francês. A garantia do empréstimo veio com poucas condições, além do compromisso de não emitir dividendos este ano e de pagar aos fornecedores em dia, disse Sirat.

No início de março, a transportadora de contêineres obteve uma ampliação de três anos para linhas de crédito com vencimento em 2020, no montante de US$ 535 milhões.

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