Mercados

Payroll no radar e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa nesta segunda (4)

04 mar 2024, 10:11 - atualizado em 04 mar 2024, 10:11
ibovespa
Dados do Payroll nos EUA e outros assuntos podem mexer com o Ibovespa (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (4) de lado, avançando 0,07%, a 129.268, pontos, por volta das 10h05. Na última sessão, a primeira de março, o índice teve uma valorização de 0,12%, a 129.180,37 pontos.



O dólar tinha leve queda frente ao real na manhã desta segunda, em semana de foco renovado no Federal Reserve em meio a expectativa por falas de Jerome Powell e por um importante relatório de emprego dos Estados Unidos.

Day Trade:

Radar do Mercado:

5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta segunda (4)

Investidores aguardam dados dos Estados Unidos

A semana promete ser agitada para o mercado, colocando os investidores em sinal de alerta.

Para começar, na quarta e quinta, o presidente do Federal ReserveJerome Powell, fala no Congresso americano sobre a decisão de manter os juros elevados por mais tempo.

Já na sexta, saem os dados de emprego do payroll — depois de uma bateria de dados do mercado de trabalho nos EUA. O indicador é um dos que o Fed fica de olho na hora de determinar sua política monetária. Vale lembrar que na semana passada o índice de inflação PCE veio dentro do esperado, trazendo esperanças de um corte de juros a partir de maio.

O analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, pontua que na semana que se encerrou, os mercados nos Estados Unidos celebraram as notícias vindas do PCE, o indicador de inflação preferencial do Federal Reserve, que não trouxe as preocupações vistas nos índices de preços ao consumidor e produtor.

“Os dados iniciais de 2024 sugerem um desvio pontual, sem alterar significativamente a trajetória de desinflação observada anteriormente, embora possam indicar um ritmo mais gradual neste processo”, avalia.

Ibovespa começa março no positivo

Ibovespa (IBOV) apresentou leve alta neste início de mês, seguindo o sentido de Wall Street. O primeiro pregão de março, na sexta-feira (1), foi marcado por uma valorização de 0,12%, a 129.180,37 pontos.

O índice ainda caminha a passos lentos em sua recuperação rumo às máximas históricas, após a forte correção no primeiro mês de 2024. Fevereiro trouxe algumas decepções para os mercados, sendo a principal delas as sinalizações mais cautelosas do Federal Reserve (Fed) em relação aos juros americanos.

Mas, mesmo com a pressão dos juros, o Ibovespa conseguiu encerrar o último mês com ganhos – embora ainda tímidos. O índice, que é referência na bolsa brasileira, subiu 0,99%, fechando pouco abaixo dos 130 mil pontos.

No entanto, vale lembrar que, no acumulado de 2024, o Ibovespa ainda soma perdas de 3,73%.

Apesar desse vai e vem que deixa o Ibovespa sem sinais mais claros de que superará os 134 mil pontos no curtíssimo prazo, o otimismo com as ações brasileiras ainda existe e, inclusive, se mantém firme.

BTG Pactual entende que a combinação da queda dos juros no Brasil e nos EUA com um valuation relativamente barato da bolsa doméstica pode “preparar o espaço” para uma performance superior por parte das ações em 2024.

O BTG tem boas perspectivas para a economia do Brasil este ano, considerando que a dinâmica da inflação continua positiva. Isso contribui com a perspectiva de manutenção do ciclo de corte da Selic.

“Com a Selic retornando a um dígito, os investidores locais poderão transferir mais dinheiro para ações”, explica o banco, em relatório de atualização de carteira recomendada divulgada na última sexta-feira (1º).

Campos Neto tenta convencer Haddad a ampliar autonomia do Banco Central

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estão conversando sobre a PEC que amplia a autonomia da autoridade monetária.

Segundo uma entrevista de Campos Neto à Folha de S. Paulo, ele afirma que a autonomia financeira é um passo no sentido de aprimorar o arcabouço de autonomia do Banco Central.

Há três anos, o BC ganhou autonomia operacional. Agora, a PEC que tramita no Congresso quer garantir autonomia técnica, operacional, administrativa, orçamentária e financeira.

Campos Neto e Haddad teriam voltado a falar sobre o assunto na sexta-feira passada. No entanto, isso gerou uma reação da ala mais radical do PT.

A deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, disse que ampliar a autonomia do Banco Central é o mesmo que “submeter o Brasil a uma ditadura monetária”.

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Marisa (AMAR3) troca de CEO pela segunda vez em um mês

Marisa (AMAR3) trocou o comando da companhia pela segunda vez em um mês, mostra comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (4). Edson Salles Abuchaim Garcia vai assumir o posto de CEO no lugar de Andrea Menezes, que havia sido anunciada para o cargo em 4 de fevereiro.

De acordo com a companhia, Menezes vai assumir a presidência do conselho de administração. Edson Garcia, que assumirá a posição em 30 dias, tem passagens por empresas como Nestlé e Riachuelo e mais de 25 anos de experiência no varejo.

Americanas (AMER3) é notificada

Americanas (AMER3) informou na sexta-feira (1), o recebimento de uma notificação por parte da Squadra I Fundo de Investimento em Participação Multiestratégia, por si e em nome dos demais acionistas minoritários da Uni.Co, que detém 30% do capital social da companhia.

A notificação exerce o direito de venda de R$ 106.941.798,00 ações.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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