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Calmaria nos mercados após início de ano agitado marca a semana; veja o que esperar

15 jan 2023, 16:00 - atualizado em 14 jan 2023, 15:46
Ibovespa
Mercado financeiro inicia segunda quinzena de janeiro após domingos agitados em Brasília e atento aos sinais das duas maiores economias do mundo (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O mercado financeiro deve aproveitar a semana para recompor fôlego, após um início de ano novo agitado por aqui. Afinal, 2023 começou com grandes eventos no domingo: depois da posse do governo Lula, Brasília foi palco de atos antidemocráticos.

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Agora, o mês de janeiro chega à segunda quinzena a partir desta segunda-feira (16) sem muitas expectativas para o que está por vir. A começar pela agenda de indicadores econômicos, que está sem destaques no Brasil.

Com isso, o foco dos investidores se concentra no noticiário político. Porém, nem tanto nos desdobramentos do ocorrido há uma semana na capital federal; e sim no front econômico.

Mas depois do anúncio das medidas de âmbito fiscal pela equipe econômica, também não se esperam muitas novidades. A principal dúvida é saber o que será feito com o teto dos gastos. Mais que isso, qual será a nova âncora fiscal que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar até março. 

Ainda mais depois de apresentar uma meta ambiciosa, de zerar o déficit das contas públicas até o início de 2024, porém sem dar muitos detalhes. Aliás, essas incertezas em relação à política econômica do novo governo em um momento em que a economia dá sinais mais pronunciados de fraqueza mantém a cautela nos negócios locais. 

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Mercado olha para fora

Fato é que o Ibovespa pegou carona na melhora do ambiente internacional, com os índices acionários em Nova York cravando o melhor desempenho semanal em dois meses. Já a bolsa brasileira teve um mini rali de seis altas consecutivas entre a primeira e a segunda semana do mês, até que o rombo contábil de R$ 20 bilhões das Americanas interrompeu essa sequência

Da mesma forma, o dólar acompanhou a fraqueza da moeda norte-americana no exterior e encostou na faixa de R$ 5,10. Esse movimento ocorreu na esteira da aposta consolidada de que o Federal Reserve deve reduzir ainda mais o ritmo de alta dos juros em fevereiro.

A expectativa é de um aumento adicional de 0,25 ponto percentual (pp) na primeira reunião deste ano. Isso porque a inflação nos Estados Unidos dá sinais claros de que o pior já passou.

Vale lembra que a taxa anual do índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI) encerrou 2022 abaixo de 7%. Porém, os números não devem impedir o Fed de dar continuidade ao ciclo de aperto, quanto mais convencer para um pivô rumo a cortes nos juros. 

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Balanços nos EUA e PIB da China em destaque

Resta agora saber se o risco de recessão é real nos EUA ou se pode ser evitado. A expectativa, agora, é de que haverá um pouso suave.

Com isso, os números de dezembro sobre o desempenho da indústria e do varejo norte-americano, na quinta-feira, merecem atenção. Ao mesmo tempo, a safra de balanços de empresas norte-americanas ganha força.

A temporada de resultados dos grandes bancos continua. Na terça-feira, é a vez do Morgan Stanley e do Goldman Sachs. Netflix é na quinta-feira.

Os investidores vão olhar os números trimestrais com lupa. Afinal, o ciclo agressivo de aperto monetário do Fed tende a afetar as margens das empresas. Os lucros corporativos devem sentir tanto o aumento do custo de empréstimo quanto a queda do consumo. 

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Enquanto ainda tentam montar o quebra-cabeças sobre a economia dos EUA, a China deve confirmar que engatou a marcha ré. O gigante emergente divulga dados de primeira grandeza no início da semana, como o Produto Interno Bruto (PIB) ao final do ano passado, além da produção industrial e do comércio varejista em dezembro.

A questão é que os números de 2022 sobre a economia chinesa parecem se referir a outra era. Ainda mais após a reabertura econômica com o fim da política de Covid Zero.

Contudo, a recuperação significativa da China deve favorecer a atividade doméstica. Ainda mais se a situação da covid-19 continuar se estabilizando.

Porém, dificilmente o gigante emergente será capaz de salvar o mundo à beira da recessão, com o enfraquecimento da demanda externa sendo um empecilho. Ao menos tampouco a China será uma fonte de inflação global.

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Diante de tudo isso, os investidores devem adotar uma postura cautelosamente otimista. Até porque ainda faltam 50 semanas para o fim do ano.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
olivia.bulla@moneytimes.com.br
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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