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Ibovespa (IBOV) quebra sequência de 6 pregões de alta; Americanas (AMER3) tem dia para esquecer

12 jan 2023, 18:12 - atualizado em 12 jan 2023, 18:30
Ibovespa
Ibovespa: Sessão foi marcada por anúncio de Haddad e derrocada da Americanas (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) quebrou a sequência de seis pregões consecutivos de alta nesta quinta-feira (12) dominada por repercussões do caso da Americanas (AMER3) e com o mercado de olho nas medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O índice de referência da Bolsa brasileira recuou 0,59%, a 111.850,22 pontos.

Em pregão marcado por idas e vindas em leilão e até suspensão de negociações dos papéis, a Americanas fechou o dia com tombo de 77,33%, saindo de R$ 12 para R$ 2,72.

Em fato relevante divulgado ontem à noite, a Americanas informou que, em análise preliminar, foram detectadas inconsistências em lançamentos contábeis redutores da conta de fornecedores realizados em exercícios anteriores, incluindo o exercício de 2022.

Entre as inconsistências, há a existência de operações de financiamento de compras no valor aproximado de R$ 20 bilhões nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras, explicou a companhia.

A descoberta da irregularidade levou o ex-CEO Sergio Rial a renunciar com menos de duas semanas no cargo. Rial realizou uma teleconferência com analistas e acionistas para esclarecer alguns pontos do grande problema em que a Americanas está inserida.

Diversos bancos e corretoras colocaram a recomendação de Americanas sob revisão, citando falta de informações mais detalhadas.

Haddad anuncia medidas

Haddad anunciou nesta quinta um pacote de medidas econômicas para organizar as contas do governo e recompor as receitas federais.

As medidas anunciadas pelo ministro contam com um plano de ajuste de até R$ 242,7 bilhões nas contas de 2023, o que faria o resultado primário reverter o déficit previsto atualmente e fechar o ano no azul.

Segundo o Ministério da Fazenda, com as medidas, o resultado fiscal do governo central em 2023 poderia passar do déficit de R$ 231,55 bilhões previsto no Orçamento para um superávit R$ 11,13 bilhões.

Confira a seguir as medidas anunciadas pelo ministério:

  • Aproveitamento de crédito do ICMS, com impacto de R$ 30 bilhões
  • Aumento do PIS/Cofins sobre receita financeira (R$ 4,4 bilhões)
  • Aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis (R$ 28,88 bilhões)
  • Efeito permanente do incentivo à redução da litigiosidade no Carf, de R$ 15 bilhões
  • Efeito permanente do incentivo à denúncia espontânea (R$ 5 bilhões)
  • Incentivo extraordinário à redução da litigiosidade no Carf (R$ 35 bilhões)
  • Incentivo extraordinário à denúncia espontânea (R$ 15 bilhões)
  • Receitas primárias com ativos do PIS/Pasep (R$ 23 bilhões)
  • Efeito permanente de revisão de contratos e programas
  • Autorização de execução inferior ao autorizado no Orçamento de 2023

Haddad chegou a dizer que a reoneração parcial de combustíveis a partir de março está na planilha da pasta, mas a decisão final ficou para depois.

Haddad disse que a definição será tomada em “momento adequado”, após a nova diretoria da Petrobras (PETR4) tomar posse.

O ministro destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda pode reavaliar os prazos, a depender de uma avaliação política.

Inflação nos EUA

Os dados do índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos surpreenderam ao apontar queda de 0,1% em dezembro, depois de subir 0,1% em novembro.

Economistas consultados pela Reuters previam que o índice de preços ao consumidor permaneceria inalterado.

As informações divulgadas pelo Departamento do Trabalho nesta quinta mostraram que os preços caíram pela primeira vez em mais de dois anos e meio, refletindo a queda nos preços da gasolina e de outros bens.

Os dados sugerem que a inflação agora está em uma tendência de queda sustentada, o que pode levar o Federal Reserve (Fed), banco central americano, a afrouxar o ritmo de aperto monetário em suas próximas reuniões.

O Departamento do Trabalho dos EUA também mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego no país caíram em 1 mil, para 205 mil em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 7 de janeiro. A expectativa era de 215 mil solicitações para a última semana.

Com informações da Reuters.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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