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Perspectivas: Os 5 principais eventos desta semana no mercado internacional

31 mar 2019, 17:14 - atualizado em 31 mar 2019, 17:14
Dados econômicos nos EUA e impasse do Brexit são destaques

Por Investing.com

O relatório de empregos de março nos EUA será o principal evento para os mercados financeiros na próxima semana, enquanto os investidores aguardam novos sinais sobre a força da economia.

Além do Payroll, o calendário desta semana também apresenta os principais números das vendas no varejo, bem como os dados mais recentes sobre a atividade industrial.

Os relatórios econômicos terão um peso adicional em meio aos sinais de alerta recessivos dos mercado de títulos dos EUA com a inversão na curva de juros. Os rendimentos do título do Tesouro com vencimento em 10 anos caíram abaixo dos rendimentos de títulos do Tesouro três meses pela primeira vez desde 2007.

Enquanto isso, as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China também manterão os investidores em alerta nesta semana, quando o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, for a Washington para se reunir com o secretário de comércio, Robert Lighthizer e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

Também há notícias do Brexit para acompanhar como a primeira-ministra britânica Theresa May se esforça para encontrar uma maneira de obter seu acordo de retirada através do parlamento.

Antes da próxima semana, o Investing.com compilou uma lista dos cinco maiores eventos do calendário econômico com maior probabilidade de afetar os mercados.

1. Relatório de Empregos dos EUA

O Departamento de Trabalho liberará o relatório de folha de pagamento não-agrícola para março às 9h30 desta sexta-feira.

O consenso das previsões aponta que os dados mostrarão crescimento de 175.000 empregos, na sequência do aumento de apenas 20.000 postos em fevereiro.

A taxa de desemprego deve ficar em 3,8%, inalterada em relação ao mês anterior.

No entanto, o grande foco provavelmente ficará nos valores médios de ganhos por hora, que devem subir 3,4% em comparação aos números de um ano antes, semelhante ao aumento registrado em fevereiro.

2. Vendas no varejo dos EUA

O Departamento de Comércio divulgará dados de fevereiro sobre vendas no varejo às 9h30 da próxima segunda-feira.

O consenso das previsões indica que o relatório mostrará que as vendas no varejo subiram 0,3% no último, após um ganho de 0,2% em janeiro e um declínio chocante em dezembro.

Excluindo o setor automotivo, espera-se que as vendas tenham aumento de 0,4%, após subir 0,9% no mês anterior.

Vendas no varejo crescentes com o tempo estão relacionadas com crescimento econômico mais forte, ao passo que vendas fracas sinalizam economia em declínio.

Os gastos dos consumidores são responsáveis por cerca de 70% do crescimento econômico norte-americano.

3. Pesquisa de atividade industrial do ISM

O Instituto de Gestão de Suprimentos dos EUA (ISM, na sigla em inglês) deverá divulgar dados relativos à atividade do setor industrial de março às 11h00 da próxima segunda-feira.

Os economistas esperam uma leitura de 54,2, inalterada em relação ao mês anterior.

Qualquer valor acima de 50,0 aponta expansão, ao passo que leituras abaixo desse nível indicam contração na indústria.

Outros dados econômicos de grande importância que devem ser divulgados nesta semana incluem os pedidos de bens duráveis, as folhas de pagamento do setor privado da ADP e a pesquisa ISM sobre a atividade do setor de serviços.

Um lote recente de dados abaixo do esperado causa preocupação de que a economia esteja rapidamente perdendo força após o crescimento ter desacelerado no quarto trimestre.

4. Negociações comerciais entre EUA e China

O vice-premiê chinês Lui He viajará a Washington para se reunir com o secretário de comércio, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, para mais conversas que visam encerrar uma guerra comercial de meses entre as duas maiores economias do mundo.

Os Estados Unidos e a China dizem que fizeram progressos nas negociações comerciais concluídas em Pequim na semana passada, com Washington chamando-as de “sinceras e construtivas”.

A agência de notícias estatal chinesa Xinhua disse que os dois lados discutiram “documentos de acordos relevantes” e fizeram novos progressos em suas negociações, mas não elaboraram um breve relatório.

A Reuters informou anteriormente que os dois lados estavam negociando pactos escritos em seis áreas: transferência forçada de tecnologia e roubo cibernético, direitos de propriedade intelectual, serviços, moedas, agricultura e barreiras não-tarifárias ao comércio.

5. Impasse no Brexit

A primeira-ministra britânica está enfrentando um novo empurrão dos membros de seu Partido Conservador para levar a Grã-Bretanha para fora da União Européia nos próximos meses, mesmo que isso signifique um possível Brexit sem acordo.

Legisladores conservadores pressionaram May contra uma longa extensão do processo Brexit em uma carta enviada depois que seu acordo de saída foi rejeitado pela terceira vez pela Câmara dos Comuns na sexta-feira, disse um legislador.

Na segunda-feira, os legisladores vão tentar chegar a uma alternativa ao plano Brexit de May. As opções que até agora reuniram maior apoio envolvem laços mais estreitos com a UE e um segundo referendo.

May tem menos de duas semanas para convencer os outros 27 países da UE que ela pode resolver o impasse. Caso contrário, ela terá que pedir ao bloco um longo adiamento ou retirar a Grã-Bretanha da UE em 12 de abril, sem acordo para amenizar o choque econômico.

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