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Petrobras (PETR4): BTG vê ‘mudanças profundas’ e fala em improvável aumento da gasolina

10 jun 2022, 12:06 - atualizado em 10 jun 2022, 12:06
Petrobras
Banco vê a Petrobras pressionada diante do projeto (PL 18/2022) que propõe a redução dos impostos sobre os combustíveis. (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O BTG Pactual disse nesta sexta-feira (10) que a indicação de seis novos nomes para o conselho de administração da Petrobras (PETR4) – incluindo o novo CEO – corrobora a visão de que mudanças mais profundas podem estar em andamento na empresa.

Na noite de quinta (9), a estatal recebeu ofício do Ministério das Minas e Energia (MME) com a indicação de 10 candidatos da União para as vagas a serem preenchidas no conselho da empresa, após o governo confirmar que trocaria de presidente da companhia.

Hoje, o conselho de administração da Petrobras inclui apenas seis membros eleitos pelo acionista controlador. Entre os outros quatro nomes que já são membros do conselho, dois foram anteriormente eleitos por minorias via voto múltiplo.

O BTG disse, em relatório assinado por Pedro Soares e Thiago Duarte, que não conhece muito bem Gileno Barreto, indicado para a presidência do conselho, e que ainda há pouco a dizer sobre suas opiniões sobre a Petrobras.

O executivo é CEO da Serpro, empresa pública que atua no desenvolvimento de soluções de tecnologia da informação e comunicação para o governo. Caio Paes de Andrade, indicado para a presidência da Petrobras, também trabalhou na Serpro.

“Em nosso cenário-base, a política de preços de combustíveis da Petrobras permanecerá intacta e protegida pelo estatuto”, disse o BTG. “Mas esperamos que o ruído político permaneça vivo pelo menos até as eleições de outubro”.

Culpa recai sobre a Petrobras

Para o BTG, qualquer responsabilidade futura sobre os preços mais altos dos combustíveis pode acabar recaindo quase inteiramente sobre a Petrobras a partir de agora, “tornando menos provável qualquer aumento futuro do preço do combustível, apesar do desconto atual do IPP no diesel e na gasolina”.

Os preços vendidos pela companhia em suas refinarias estão abaixo do IPP (preços paritários de importação) em 31% para gasolina e 14% para o diesel, segundo estimativas de analistas.

O banco vê a Petrobras pressionada diante do projeto (PL 18/2022) que propõe a redução dos impostos sobre os combustíveis, que deve ser votado nas próximas semanas.

“Tudo isso deve continuar a impedir que a Petrobras negocie totalmente em linha com seus fundamentos”, disse o BTG, que prefere produtores menores para surfar a tese do petróleo. O banco tem recomendação “neutra” para Petrobras.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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