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Petrobras (PETR4): Mercado não compra ideia de privatização agora, diz BTG

31 maio 2022, 14:06 - atualizado em 31 maio 2022, 14:08
Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida defende a privatização da Petrobras. (Imagem: Flickr/EDU ANDRADE/Ascom/ME)

O mercado financeiro está mais focado nas potenciais mudanças na diretoria e no conselho de administração da Petrobras (PETR4), do que em uma eventual privatização da empresa, diz o BTG Pactual em relatório enviado a clientes nesta terça-feira (31).

O banco chama a atenção em especial para as implicações das mudanças de nomes na empresa sobre o estatuto da companhia – que dispõe sobre a política de preços.

Após troca de CEOs da Petrobras, o Ministério de Minas e Energia deve anunciar nesta quarta (1) oito nomes para o novo conselho de administração da estatal, segundo Lauro Jardim do jornal O Globo.

Na segunda, a Pasta notificou o Ministério da Economia solicitando a qualificação da companhia no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos, com o objetivo de iniciar estudos sobre a privatização da estatal. 

O BTG avalia que a privatização da Petrobras poderia ser feita com a aprovação de um projeto de lei que exigisse apenas maioria simples no Congresso.

“Mas ainda vemos isso como uma tarefa desafiadora do ponto de vista político, e qualquer aposta nisso a curto e médio prazo deve ser vista com muito ceticismo”, diz o banco em relatório assinado por Pedro Soares e Thiago Duarte.

Para os analistas, o governo está cada vez mais consciente de que tem pouco a fazer sobre as decisões diárias da empresa e que o ônus político associado aos altos preços dos combustíveis recai quase inteiramente sobre Executivo.

Venda da Petrobras por partes

O BTG diz que gostaria de ver a privatização da Petrobras e argumenta que o movimento tornaria a tese de investimento na empresa mais “atrativa”, mas pontua que defende outra saída: a venda de partes da companhia.

“Isso não só reduziria o estrangulamento da Petrobras na cadeia de valor de óleo e gás, como também ajudaria a estimular concorrência em um mercado altamente concentrado”, afirmam os analistas do banco.

Para o BTG, “até certo ponto, é exatamente isso que a empresa vem fazendo nos últimos cinco
anos”. “O problema é que muitos investimentos estão paralisados ​​enquanto os potenciais compradores esperam maior clareza sobre os riscos políticos”.

“Privatizar a Petrobras agora simplesmente privatizaria sua poderes monopolistas sobre algumas partes da cadeia de valor”, avalia.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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