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Petrobras (PETR4): Nova política de preços é ‘blá-blá-blá’, diz Adriano Pires; ‘Voltamos para trás’

16 maio 2023, 12:26 - atualizado em 16 maio 2023, 12:27
Petrobras
Para ele, quanto mais elementos se usa para determinar o preço dos combustíveis, menos transparência e mais risco para o privado importar (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A nova política da Petrobras (PETR4), aprovada na manhã desta terça-feira (16), recebeu críticas de Adriano Pires, sócio fundador do CBIE – Centro Brasileiro de Infraestrutura e um dos maiores especialistas do setor de gás e petróleo do Brasil.

Em seu perfil no Linkedin, o especialista afirmou que o anúncio feito pela empresa é “muito confuso”.

“Não dá para entender de forma clara como serão feitos os reajustes futuros. O fato relevante, no fundo, é só blá-blá-blá. A única coisa que dá para afirmar é que acabou a transparência na determinação dos preços na refinaria”, escreve.

Para ele, quanto mais elementos se usa para determinar o preço dos combustíveis, menos transparência e mais risco para o privado importar. “Aumentou o risco para todos os agentes que atuam no mercado de combustíveis. Parece que querem esconder a realidade. Voltamos para trás”, completa.

Entenda a nova política da Petrobras

nova estratégia comercial usa como referências o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras.

O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos, explica a estatal.

No mercado, as ações da Petrobras (PETR4avançavam mais de 3% nesta terça-feira (16).

Em coletiva de imprensa, o CEO da empresa, Jean Paul Prates, destacou que a estatal não vai se afastar da referência internacional, apenas abandonar a política de paridade de importação.

“Estamos anunciando uma mudança na estratégia comercial da composição de preços e nas condições de venda, em um modelo que maximiza e incorpora vantagens competitivas da Petrobras”, disse.

O analista do BTG Pactual, Pedro Soares, chamou a atenção para o fato de que a Petrobras indicou que levará em conta o custo de produção, o que sugere que não terá perdas em sua operação, e o “custo alternativo do cliente” – o que, segundo o especialista, aponta que a empresa não vai perder participação de mercado.

Com Kaype Abreu

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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