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Petrobras (PETR4) tem forte fluxo de caixa e analistas esperam por dividendos extraordinários

08 nov 2024, 13:19 - atualizado em 08 nov 2024, 13:19
petrobras ações
BB Investimentos ressaltou que viu dinâmicas semelhantes ao 2T24 em cada segmento. (Imagem: Kaype Abreu / Money Times)

A Petrobras (PETR4) apresentou resultados bem avaliados pelo mercado e anunciou dividendos ordinários que superaram as expectativas. As atenções agora se voltam para a divulgação do plano estratégico, que pode vir acompanhada de proventos extraordinários, segundo analistas – que, no geral, seguem recomendando a compra do papel.

A estatal teve um Ebitda ajustado recorrente de R$ 64,4 bilhões, 5% acima do consenso reunido pela Bloomberg, e disse que vai pagar R$ 17,1 bilhões em dividendos, seguindo a política de remuneração da companhia. Os investimentos no trimestre totalizaram US$ 4,5 bilhões e levaram a a companhia a um Capex de US$ 10,9 bilhões em nove meses.

Para o Goldman Sachs, a Petrobras continua com uma alavancagem “saudável”, com 0,95 vezes o múltiplo dívida líquida/Ebitda no 3T24. Os analistas disseram acreditar que os investidores continuarão a se concentrar em potenciais pagamentos de dividendos.

O Itaú BBA afirmou que, nas últimas semanas, notou em conversas com investidores que a maioria mudou suas expectativas de um anúncio extraordinário de dividendos para o dia da comunicação do novo Plano Estratégico, previsto para 21 de novembro.

O Bradesco BBI estima que o dividendo complementar chegue US$ 3,6 bilhões (rendimento de 4,2%). “No entanto, dado que a Petrobras encerrou o 3T24 em uma posição muito líquida (US$ 14,3 bilhões em caixa & equivalentes), acima do nível ótimo da empresa de US$ 8 bilhões, há uma chance de que o pagamento possa surpreender positivamente, especialmente dada a atual situação fiscal do Governo”.



Destaques da Petrobras

A XP Investimentos disse que outro destaque do trimestre foi o Fluxo de Caixa Livre para o Acionista (FCFE), de US$ 4,4 bilhões (5,2% do mkt cap) – a expectativa da corretora era que a linha chegasse a US$ 3,6 bilhões.

“Ajustando para o capital de giro, o FCFE recorrente é anualizado para um yield atraente de cerca de 18% (a US$ 80/bbl Brent)”, disse, ressaltando que há espaço para US$ 4,5 bilhões em proventos adicionais.

A dívida líquida da Petrobras reduziu -US$ 2 bi t/t para US$ 10,9 bi de dívida financeira líquida (ex-leases) no 3T24. A dívida bruta, incluindo arrendamentos, foi de US$ 59 bilhões (menor do que o teto de US$ 65 bilhões).

A posição de caixa foi de US$ 14,9 bilhões, substancialmente maior do que o caixa mínimo de cerca de US$ 8 bilhões. O capex de US$ 4,4 bilhões foi maior do que a taxa de execução da empresa e cerca de US$ 1 bilhão maior do que o esperado pela XP.

O BB Investimentos ressaltou que viu dinâmicas semelhantes ao 2T24 em cada segmento, com números mais favoráveis em E&P, e impactos dos menores crack spreads globais influenciando o resultado em refino (RTC), que teve menores margens e elevação de 8% no custo unitário, parcialmente compensados pelo maior volume de vendas.

Ações refletem bom momento, diz BB

Para o BB Investimentos, a alta de 19,1% das ações da Petrobras nos últimos 12 meses reflete as boas condições operacionais e financeiras da empresa.

“O interessante da tese de investimentos da Petrobras é que, mesmo em um cenário de menores preços de petróleo, a companhia tem maior resiliência devido a seus menores custos de extração, que no pré-sal chegam a ser metade do custo exploratório das petroleiras independentes no Brasil”, disse.

O banco, que recomenda a compra do papel, segue vendo boa performance financeira sustentada pelo crescimento da produção e baixos custos, com o endividamento sob controle e uma política de dividendos e recompra de ações.

Por volta das 13h desta sexta, as ações da Petrobras subiam 1%, a R$ 35,88.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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