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Plataformas de streamings: o que o crescimento representa para o futuro da televisão?

28 jan 2022, 11:11 - atualizado em 28 jan 2022, 12:00
Streaming
As plataformas de streaming estão ganhando cada vez mais espaço e aumento de competitividade (Imagem: Reuters)

Houve um tempo em que sentar no horário das novelas das 6, 7 e 9 era uma tradição para muitas famílias, bem como o acompanhamento do jornal, esportes e tantos outros programas da TV aberta e fechada.

Contudo, uma breve percepção do crescimento de serviços de streaming e comportamento do público é o suficiente para perceber que isso está mudando. 

Desde que a Netflix Brasil começou a se consolidar no mercado, assistir filmes e séries tornou-se algo diferente e a utilização da plataforma, que pode ser utilizada nas Smart TV’s, consoles, celular e tablet, foi se expandindo cada vez mais. 

O cenário atual é o de plataformas de streaming crescendo cada vez mais, competindo pela preferência do público e criando uma reflexão sobre o futuro da televisão. 

Ascensão do streaming

Netflix, Prime Video, Disney+, Star+, HBO Max, Paramount, Telecine, Globoplay e tantos outros são a prova de que o streaming segue em ascensão e é a aposta de quem quer conquistar o público. 

De acordo com com levantamento do JustWatch referente aos 4 últimos meses de 2021, Netflix, HBO+ e Globoplay conseguiram aumentar em 1 ponto percentual sua participação de mercado, buscando manter seu espaço e audiência diante da concorrência. 

O panorama de 2021 foi de um crescimento promissor para o HBO Max, conquistando 12 pontos percentuais de participação de mercado, enquanto o Disney+ cresceu mais de 3 pontos percentuais ao longo do ano e tem planos de expandir para mais 42 países em 2022. 

Falando de perda, o Prime Video tem sentido o impacto da expansão das plataformas de streaming, tendo perdido 6 pontos percentuais de sua participação de mercado em 2021. 

gráfico streaming
O gráfico demonstra a participação de mercado de cada um dos streamings mencionados (Imagem: JustWatch)

Esses números e a quantidade de plataformas representam o que é a tendência atual, ou seja, que cada vez mais os serviços de streaming ganhem espaço, visto que conversam com a atualidade, que busca plataformas para serem acessadas em diferentes dispositivos, no horário que quiserem e com diversas opções disponíveis. 

Hoje, até mesmo jogos importantes de futebol, novelas antigas que antes eram tradição de uma emissora e lançamentos exclusivos são atrativos para os streamings, tornando a TV uma opção cada vez menos atrativa.

Queda da audiência da TV

A televisão é algo muito tradicional, entretanto, com a tecnologia, uma sociedade contemporânea que busca por acesso flexível ao que quer e até mesmo com a flexibilização das restrições da pandemia que permite a circulação das pessoas, a TV está perdendo força. 

Isso foi sentido até mesmo por grandes emissoras, como a Globo, que começou a perder audiência com após reprises de novelas e passou por um momento turbulento com “Um Lugar ao Sol”, nova novela que passou por baixa audiência, embora esteja se recuperando aos poucos. 

Esta situação é um excelente exemplo da queda de audiência que a TV tem sofrido, especialmente por conta dos serviços de streaming que estão aumentando cada vez mais e disputando o público que um dia foi fiel aos horários da televisão. 

A aposta de emissoras gigantes como a Globo é justamente a presença no streaming, com investimento no Globoplay, o que mostra a importância de se considerar este cenário. 

O futuro da televisão 

Prever o que vai acontecer com a televisão não é algo que me cabe, contudo, toda essa análise levanta questões importantes que vão impactar no futuro.

Afinal, pagar pela TV aberta + fechada ou pelas plataformas de streaming? Marcas vão preferir anunciar em comerciais ou migrar cada vez mais para o digital? Como as grandes emissoras podem se reinventar diante das próximas tendências? 

Portanto, o que pode ser afirmado é que a televisão não pode ignorar o streaming, mas é necessária a adaptação a um público que está interessado no que os streaming têm a oferecer. 

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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