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Por que o Bitcoin (BTC) engatou em um rali neste fim do mês?

29 jul 2022, 17:31 - atualizado em 29 jul 2022, 17:58
Bitcoin BTC
Para analista, o cenário ainda é de uma situação macroeconômica fragilizada (Imagem: Pexels/Karolina Grabowska)

O Bitcoin (BTC) caminha para uma de suas melhores semanas desde sua máxima histórica. O começo das altas expressivas foram após o anúncio que o Federal Reserve – Banco Central dos Estados Unidos – iria subir a taxa de juros em 0,75%.

O mercado estava com receio de um aumento maior, o alívio trouxe valorizações ao mercado de ações de tecnologia e consequentemente ao de criptoativos.

Após o anúncio do aumento de fato, a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, seguiu um caminho de apaziguar os ânimos da população, dizendo que o Fed não iria tomar ações tão drásticas e que o desestímulo na economia seria um “pouso suave”.

Esse discurso resultou em mais um aumento nas cotações dos mercados de ativos de risco – e o de criptoativos não foi excluído.

As criptomoedas continuam subindo em uma semana com a divulgação da taxa de juros e PIB dos EUA, observa Iara Thamires Alves, especialista em criptomoedas, MBA em gestão empresarial e fundadora da Desvendando as Criptomoedas.

O aumento da taxa de juros geralmente é muito negativo para os ativos de risco a nível global, pois impacta diretamente na decisão do investidor em retornar a renda fixa, uma vez que fica mais atrativa, com rentabilidades melhores.

Porém, na quarta houve o anúncio de aumento de 0,75% na taxa de juros dos EUA e os mercados reagiram bem.

“O motivo da reação positiva é que esse aumento já era o esperado e normalmente o mercado já antecipa e precifica antes do anúncio. O mercado, uma vez que já estava precificado anteriormente e cauteloso com uma possível subida da taxa acima de 0,75%, respirou aliviado e tivemos uma valorização significativa, fechando o dia positivo”, explica Thamires.

O PIB dos EUA teve uma queda para o segundo semestre de 0,9% vindo acima do esperado para o período.

As expectativas de que a queda seria de 0,5% em um primeiro momento impactou os preços, mas a recuperação foi praticamente instantânea, e manteve o ritmo de alta chegando a superar os US$ 24 mil.

“Comportamento controverso, pois esse aumento significa recessão temporária, o que deveria amedrontar os mercados, mas não aconteceu. Pode-se dizer que com o PIB negativo, o Fed terá que não subir tanto a taxa de juros na próxima reunião para incentivar e estimular a economia, então justifica o comportamento do mercado”, explica.

Mas Thamires alerta que, o cenário ainda é de uma situação macroeconômica fragilizada. “Os investidores têm que ter cautela, a guerra não tem previsão de acabar, vírus da varíola dos macacos, recessão”, complementa. 

“Há muitos aspectos negativos que devem ser levados em consideração. Então na minha opinião essa valorização não será sustentável, creio que teremos uma correção até os US$ 20 mil para buscarmos suporte e consolidação de preço para que somente depois, venha ter novas altas superando os US$ 25 mil.

Perspectivas para os próximos dias

Lucas Passarini, Trader do Mercado Bitcoin, diz que a criptomoeda tem espaço para subir novamente até próximo dos US$28.000.

“Então, a partir dos 27,5 ou 28, a gente pode ver o Bitcoin realmente perder um pouco de força de valorização. O mesmo caso se aplica ao ETH, mas ele já está atingindo os níveis de resistência”, explica.

Nos últimos dias, o Bitcoin teve um desempenho melhor que o do Ethereum (ETH) e o Ether já atingiu o nível de resistência que ele está vendo como suporte em maio, diz o analista.

“Mas, ele ainda tem as atualizações para acontecer, fator que pode impactar a perspectiva dos investidores”, diz.

“Para agosto ou para a manutenção da estrutura de alta do Bitcoin seguir ele vai buscar os $28000, $28500 que daria uma subida do ponto que nós estamos nesse exato momento, o Bitcoin pode subir cerca de 19% ou 20%”, diz.

É esperado uma maior volatilidade, os dados mais relevantes do mercado vão começar a sair durante agosto, porque a próxima reunião do Fed sobre juros é em setembro e a partir disso, dependendo do que chegar de notícia, pode impactar os ânimos dos investidores.

“O Bitcoin teve um desempenho bem interessante no mês de julho e tudo indica, que no curto prazo, falando de 15 a 20 dias, a gente veja o Bitcoin continuar a sua tendência de alta. Já o Ether tem menores chances, olhando apenas para o gráfico, pois ele está numa região de resistência, que a gente viu no passado ele ser defendido pelos compradores, para agora talvez haja uma defesa dos vendedores.”

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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