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Positivo tem resultado forte, mas altos custos são um problema, apontam analistas; ações disparam

10 nov 2020, 14:48 - atualizado em 10 nov 2020, 14:56
Positivo
Já a receita líquida aumentou cerca de 13% para R$ 522 milhões, 8% acima do consenso de R$ 484 milhões (Imagem: LinkedIn/Grupo Positivo)

O resultado da Positivo (POSI3) saiu melhor que a encomenda e agradou os analistas. A empresa de tecnologia, setor ainda pouco presente na Bolsa, teve um lucro líquido 455% maior no terceiro trimestre.

Já a receita líquida aumentou cerca de 13%, para R$ 522 milhões, 8% acima do consenso de R$ 484 milhões.

O mercado também recebeu o balanço com bons olhos. Por volta das 14h54, as ações da Positivo subiam 6,58%, a R$ 4,86.

Segundo os analistas Fred Mendes e Luiza Mussi, da Ágora Investimentos, a empresa aproveitou a alta demanda por equipamentos eletrônicos, como notebooks, por conta do home office e as aulas online.

Além disso, eles destacam o reajuste de preços bem sucedidos, com ticket médio de 45% na mesma base de comparação.

Por sua vez, o market share de notebooks com preços abaixo de R$ 1,4 mil atingiu 83%, recuperando 4 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre.

“Os resultados da Positivo foram positivos em nossa visão, pois a empresa conseguiu ajustar seus preços acima das expectativas do mercado, ao mesmo tempo em que administrou para recuperar sua participação de mercado de notebooks com preços abaixo de R$ 1,4 mil”, afirmaram.

Despesas pressionam

Já o BTG destacou a alta do SG&A (despesas com vendas, gerais e administrativas, em português), que saltaram 22% no ano e somaram R$ 113 milhões, puxado pela maior penetração do varejo nas vendas totais, elevando as despesas de marketing e frete.

A Positivo encerrou o terceiro trimestre com uma dívida líquida 1,3 vezes o Ebitda, contra 1,8 vezes do ano passado.

“Os números do terceiro trimestre foram melhores do que esperávamos e devem ser saudados pelo mercado, com desempenho positivo de vendas de notebooks e alavancagem operacional, apesar do cenário cambial ainda desafiador”, afirmam os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi.

Porém, a saturação de vendas no varejo e uma piora no cenário macroeconômico podem atrapalhar o desempenho da empresa nos próximos trimestres.

Apesar de também ter elogiado os números da Positivo, para a XP os altos custos pressionam as margens e prejudicam o desempenho das ações. A corretora manteve a recomendação neutra.

Veja as recomendações:

Corretora Recomendação Preço-Alvo
XP Investimento Neutra R$ 6
Ágora Compra R$ 9,50
BTG Compra R$ 9

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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