Poupança volta a ter ganho real após 3 anos de perdas; 2023 será bom para o título?

10 jan 2023, 17:04 - atualizado em 11 jan 2023, 9:17

renda fixa poupança — Com juros elevados, ano deve ser positivo para a renda fixa, e, consequentemente, poupança (Imagem: Agência Brasil/Marcello Casal Jr)

No ano de 2022 a poupança teve rentabilidade de 2% acima da inflação segundo levantamento do Trademap. O desempenho marca a volta do ganho de poder aquisitivo do título após três anos seguidos de perdas.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado do ano foi de 5,78%.

Entre 2019 e 2021, a poupança teve quedas de 0,05%, 2,30% e 6,37%, respectivamente. Desde 2000, o título perdeu poder aquisitivo em seis anos.

O melhor registro foi em 2006, que teve rentabilidade de 5,10% acima do IPCA, e o pior registro foi em 2021, com perda de poder aquisitivo de 6,37%.

O que esperar da poupança em 2023?

Para 2023, o especialista da Valor Investimentos, Adriano Rondelli, afirma que a expectativa de rendimento para a poupança é de 8 a 9% ao ano, já isento de IR.

O especialista do Itaú Unibanco, Martin Iglesias, afirma que o ano traz boas perspectivas para os investimentos em renda fixa no Brasil.

Segundo ele, surgirão possibilidades de juros reais em praticamente todos os tipos de ativos, passando pelos indexados à Selic a pré-fixados e inflação de curto e longo prazo.

Ibovespa deixou a desejar

Entre as principais aplicações do mercado, somente cinco tiveram ganho real no acumulado de 2022: IHFA, IDIV, CDI, Ima Geral e poupança.

O IHFA, índice de fundos multimercados, teve o melhor desempenho com ganho real de 7,45%. Na sequência apareceu o índice de dividendos (IDIV) com 6,49%, o CDI com 6,24%, e o IMA Geral com 9,66%.

Já o Ibovespa deixou a desejar e registrou queda de poder aquisitivo de 1,04%.

O bitcoin tem o pior desempenho com recuo de -68,27%, seguido pelo índice de BDR BDRX com -31,99% e o índice de small caps fecha as três aplicações com maiores quedas com -19,70%.

Por Giovana Leal

Editora-assistente

Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.