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Pré-Mercado: Os brasileiros prestarão atenção no Brasil hoje

09 ago 2022, 8:29 - atualizado em 09 ago 2022, 8:29
Os investidores locais embarcam hoje para avaliar a ata do Copom e o IPCA de julho | Star Wars, Episódio IV: Uma Nova Esperança (1977)

Oportunidade do dia

116,50% do CDI sem pegadinhas 

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Trade do Dia

Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade – compra dos papéis da Helbor (HBOR3).

HBOR3: [Entrada] R$ 2.97; [Alvo parcial] R$ 3.07; [Alvo] R$ 3.26; [Stop] R$ 2.77; [Ganho esperado] 9.6% 

“As recentes altas do papel indicam forte interesse comprador, oferecendo uma oportunidade de ganhos no curto prazo.”

Recomendo a entrada na operação em R$ 2.97, um alvo parcial em R$ 3.07 e o alvo principal em R$ 3.26, objetivando ganhos de 9.6%

O stop deve ser colocado em R$ 2.77, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.

Aproveito para te convidar a se inscrever no meu canal do YouTube. Todas as quintas-feiras, a partir das 19h30, converso com Robert Machado sobre análise quant, estratégias e perspectivas futuras para quem opera swing e day trade. O link é esse aqui. Participe também do grupo do Telegram e fique por dentro de todas as recomendações!

Operações recentes:

– LIGT3: recomendação de 5 de agosto atingiu o alvo parcial, gerando lucros de 5.2% para quem comprou o papel.

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Observações sobre a operação:

– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.

– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.

– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.

Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.

Bom dia, pessoal!

Lá fora, os mercados asiáticos encerraram o pregão de forma mista nesta terça-feira (9), seguindo as sinalizações com pouco direcionamento ou levemente negativas dos mercados globais durante a segunda-feira, em meio às preocupações com a postura do Fed após os dados de empregos nos EUA mais fortes do que o esperado.

Os investidores também podem estar relutantes em fazer apostas significativas antes da divulgação dos dados de inflação ao consumidor dos EUA na quarta-feira. Na esteira desta ansiedade, os mercados europeus amanhecem predominantemente em queda, acompanhados pelos futuros americanos, pelo menos por enquanto.

A ver…

Vocês estão preparados para a terça-feira?

No mercado doméstico, o dia de hoje é relevante pela combinação entre a ata do Copom da última semana e do IPCA de julho. Sobre o primeiro ponto, o documento do Bacen deverá esclarecer os motivos da autoridade para ter deixado a porteira aberta para mais uma possível alta de 25 pontos-base da Selic em setembro, para 14% ao ano, bem como as razões para se atentar apenas à inflação de 2024.

Para a inflação, a mediana das estimativas aponta para uma queda de 0,66% na comparação mensal (a maior deflação desde o Plano Real), em contraposição à alta de 0,67% verificada em junho. Assim, a taxa de inflação acumulada nos últimos 12 meses poderá recuar de 11,89% para 10,09%. Sim, ainda estamos em dois dígitos, mas a forte desaceleração deverá continuar a ser observada ao longo dos próximos meses.

Na expectativa pelos dados de inflação americana de amanhã

O futuro das teses de tecnologia estará no relatório de inflação ao consumidor americano desta semana. O índice de preços para julho será divulgado na manhã de quarta-feira (10) e as previsões apontam para um ganho de 8,7% na comparação anual, abaixo dos 9,1% de junho, o que indicaria uma normalização e desaceleração da inflação.

Para isso, as quedas nos preços da energia deverão ajudar esse número, portanto, os investidores provavelmente passarão mais tempo analisando os preços do núcleo, que excluem os custos voláteis de alimentos e energia. Nessa métrica, se espera um aumento mensal de 0,5%, abaixo do ganho de 0,7% de junho.

Naturalmente, o forte relatório de empregos da última sexta-feira pode complicar o quadro da inflação; afinal, se os consumidores em geral não se sentirem ameaçados, é improvável que reduzam materialmente os gastos em geral. Ou seja, uma redução mais ampla nos gastos do consumidor é menos provável enquanto o mercado de trabalho permanecer saudável.

Essa queda da inflação e a probabilidade de aumentos contínuos das taxas do Fed são os motivos pelos quais as ações reagiram mal ao número de empregos melhor do que o esperado na sexta-feira. A depender do dado de amanhã (e de quinta-feira, com a inflação ao produtor), os mercados podem ter um resto de mês melhor ou pior.

O que o Reino Unido pode nos ensinar?

Nesta terça-feira de manhã, os dados do Reino Unido podem oferecer alguns insights para a economia global. Em primeiro lugar, as vendas no varejo caíram acentuadamente em termos reais, o que indicaria que a queda da renda real já começa a provocar uma queda no consumo (gradualmente os consumidores ficam menos propensos a gastar mais de suas poupanças ou tomar mais empréstimos).

Em segundo lugar, os dados de cartões de crédito do Reino Unido mostraram um fator adicional de deflação da demanda por bens, já que os consumidores continuam gastando predominantemente para se divertir. Como muitas economias estão seguindo padrões semelhantes de crescimento, os investidores conseguem ver o que está acontecendo em solo britânico se repetir em várias regiões do mundo.

Anote aí!

Na agenda, temos a continuidade da temporada de resultados local (nomes como BTG Pactual, XP, CBA, Copel, CVC, Guararapes e Méliuz) e internacional (Coinbase e Ralph Lauren). Nos EUA, contamos com o índice de otimismo para pequenas empresas para julho e com os dados preliminares de remuneração e produtividade dos funcionários para o segundo trimestre. Entre os dados econômicos brasileiros, ficamos com a ata do Copom, o IPCA de julho, o IPC-Fipe semanal, a Pesquisa Industrial Mensal Regional de junho e a 1ª prévia do IGP-M de agosto. 

Muda o que na minha vida?

Após 18 meses de negociações, o Senado dos EUA aprovou a Lei de Redução da Inflação (IRA na sigla em inglês), em uma grande vitória para a agenda econômica do presidente Biden. A Câmara deve aprová-lo na sexta-feira, seguindo para a assinatura de Biden na sequência.

O IRA traz grandes mudanças nos impostos e na saúde, além de aumentar a campanha contra as mudanças climáticas com o maior investimento federal do país em energia limpa. Basicamente, o projeto incorpora de certa forma encarnações anteriores do plano Build Back Better, embora com uma cifra bem mais modesta.

São 755 páginas que se dividem principalmente em três pontos:

  1. i) Mudanças climáticas: o projeto de lei fornecerá US$ 260 bilhões em créditos fiscais para energia renovável, a fim de reduzir o custo da energia solar, eólica e outras fontes de energia limpa — o IRA poderia ajudar os EUA a reduzir as emissões para 40% abaixo dos níveis de 2005 antes que esta década termine.
  2. ii) Impostos: o IRA arrecadará mais de US$ 700 bilhões em receita do governo ao longo de uma década, e as mudanças no sistema tributário são a principal razão. O projeto de lei impõe um imposto mínimo de 15% sobre as megacorporações com grandes lucros (US$ 1 bilhão ou mais) e introduz um imposto especial de consumo de 1% sobre as recompras de ações. 

iii) Saúde: o projeto de lei inclui um conjunto de mudanças destinadas a reduzir os preços dos medicamentos, incluindo permitir que o Medicare negocie alguns preços de medicamentos prescritos com empresas farmacêuticas. 

Contudo, com tantos novos gastos, uma coisa que a Lei de Redução da Inflação parece não fazer é justamente reduzir a inflação. O Escritório de Orçamento do Congresso, apartidário, disse que o projeto de lei teria um efeito “insignificante” na inflação este ano e em 2023, apesar de apontar também que o pacote reduziria o déficit em cerca de US$ 102 bilhões nos próximos 10 anos.

A iniciativa completa o ciclo de projetos do governo Biden, iniciado em 2021 com os novos auxílios contra a pandemia, seguindo para ideias ambiciosas de infraestrutura e encerrando com esta nova proposta de saúde, meio ambiente e tributação. Com o movimento, os EUA se colocam em uma rota mais sustentável para os próximos anos, tendência que deverá ser acompanhada por outros países.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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Disclaimer

Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
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