Colunista Vitreo

Pré-mercado: Um novo tipo de torcida organizada: o time “tapering”

07 jul 2021, 8:57 - atualizado em 07 jul 2021, 8:57
Receio de ver a ata do Fed de hoje e se surpreender negativamente / Modern Family (2009)

Bom dia, pessoal!

Os mercados globais ficarão ligados hoje (7) na ata do Federal Reserve, a ser divulgada às 15 horas, detalhando os desdobramentos da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

A expectativa é que haja uma nova sinalização para o início do “tapering”; isto é, o processo de redução de compra dos ativos, com a antecipação do fim dos estímulos nos EUA.

Há no ar um novo tipo de torcida, ligado ao time “tapering”: outros bancos centrais anglo-saxões começaram a reduzir o ritmo de compras e há uma gama mais ampla de opiniões sobre quando o Fed deve fazer o mesmo.

Apesar de ultimamente ter seguido sua própria dinâmica, o Brasil também é refém desse dado internacional.

No aguardo da ata, os futuros americanos flertam com a estabilidade, tendendo para uma alta marginal.

A ver…

Às vésperas dos dados oficiais de inflação

Há um nítido estresse político no ar, prejudicando o apetite ao risco dos investidores.

Um exemplo disso foi o dólar voltar para cima de R$ 5,20, refletindo os ruídos de Brasília e o desconforto do mercado com a reforma tributária apresentada – mudanças do Imposto de Renda e a insistência de Guedes em taxar lucros e dividendos com a alíquota de 20% (esperava-se 15%).

Além de haver um entendimento de que a reforma eleva a carga tributária, estima-se que poderemos ter também uma elevação no custo de capital sobre as instituições financeiras, o que seria ruim para a expansão creditícia do Brasil.

Todo mundo de olho na ata

Hoje, nos EUA, começamos o dia com a divulgação da pesquisa de vagas de emprego e rotatividade de mão de obra (vagas abertas) para maio pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho.

As estimativas giram em torno de 9,3 milhões de vagas, igualando-se ao número de abril, o maior desde que os dados começaram a ser coletados.

Com mudanças estruturais, padrões de demanda incomuns e estranheza no processo de ajuste sazonal, os mercados estão se preocupando em saber se a demanda de empregos está ultrapassando a oferta, dando ênfase adicional aos números de hoje.

Contudo, o grande destaque do dia está na divulgação das atas da reunião de política monetária do Fomc de meados de junho, em que o Fed sinalizou que as taxas de juros subiriam mais cedo e mais rápido do que Wall Street esperava antes da reunião, já que a inflação está crescendo em seu ritmo mais rápido desde 2008 (sete autoridades agora esperam que as taxas sejam aumentadas no próximo ano, em comparação com quatro em março).

O documento deve confirmar que a recuperação econômica continua bem, enquanto sinalizações sobre o rumo das compras de títulos atrairão atenção.

Um aperto monetário antes do esperado nos EUA seria ruim para os emergentes e tenderia a adicionar maior pressão sobre o câmbio.

Um giro pelo Velho Continente

As Bolsas europeias abriram em alta hoje, apesar da produção industrial alemã para maio ter vindo um pouco mais fraca do que o esperado, com os dados do mês anterior sendo revisados​​para cima.

Provavelmente, em um segundo momento, os dados de maio também serão revisados para cima, dado que os modelos convencionais não têm conseguido capturar bem o ciclo de recuperação da crise atual, muito peculiar em diversos aspectos.

Porém, no Velho Continente, os investidores se reúnem ao redor da divulgação das previsões econômicas da Comissão Europeia. Geralmente, considerando o compasso de retomada, esse compêndio de dados tem servido para dar gás aos mercados.

Ainda na Europa, o G20 inicia a reunião de ministros das Finanças e dirigentes de bancos centrais na Itália, o que pode chamar atenção a depender do tema em debate.

Anote aí!

Lá fora, além dos dados de emprego e da ata do Fed, os EUA contam com os pedidos de hipotecas para a semana encerrada em 2 de julho – os pedidos de hipotecas caíram em quatro das últimas seis pesquisas semanais, já que as restrições de oferta levaram o crescimento dos preços das casas a níveis recorde.

Por aqui, no Brasil, contaremos com IGP-DI, na véspera da divulgação do IPCA, marcada para amanhã (8), e com a performance das vendas no varejo para o mês de maio – a mediana das expectativas para o varejo restrito repousa em 2,5% de alta na comparação mensal (+16,5% na anual) e números acima do esperado podem servir de suporte para uma alta no Ibovespa, principalmente depois da correção de ontem (6).

Muda o que na minha vida?

A inflação hoje parece transitória. No entanto, alguns investidores nervosos se preocupam com um retorno ao ambiente de inflação dos anos 1970.

Não se engane. As causas da inflação daquela década eram complexas, mas existem duas diferenças entre agora e então, principalmente relacionadas às commodities e ao controle de preços.

Explico. Sobre o primeiro ponto, em 1975, cerca de um terço da cesta de inflação dos Estados Unidos era composta por alimentos e energia.

Hoje, esse mesmo número é cerca de um quinto. Além disso, as oscilações nos preços das commodities são tão dramáticas quanto há 50 anos, mas a alta de preços de enfrentamento hoje, em termos percentuais no relativo, tem uma variação bem menor do que os choques da década de 70 (vide o choque do petróleo, por exemplo).

Em segundo lugar, na época, o governo do então presidente Richard Nixon controlava os salários e os preços nos Estados Unidos.

Assim, nenhum preço poderia subir sem autorização do governo, o que gerava escassez – na década seguinte, apesar do evidente fracasso da política, o Brasil tentaria a mesma coisa, congelando preços.

Então, quando os controles de Nixon foram encerrados, uma vez que ficou claro como a política era problemática, os preços recém-liberados dispararam.

Com isso, estabelecemos que o mundo mudou bastante desde os anos 1970, não permitindo que façamos paralelos com a natureza das inflações das diferentes décadas; afinal, 50 anos as separam.

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Um abraço,

Jojo Wachsmann

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
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