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Preço do açúcar deve seguir em alta no curto prazo, apontam operadores

15 abr 2021, 16:58 - atualizado em 15 abr 2021, 16:58
Açucar
Operadores citaram crescentes expectativas de que a produção de açúcar do Brasil enfrente dificuldades para alcançar os 36 milhões de toneladas anteriormente projetados (Imagem: REUTERS/Sergei Karpukhin)

Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE avançaram mais de 3% nesta quinta-feira, atingindo o maior nível em quase um mês, à medida que commodities e ações globais se estabilizam em um patamar elevado e investidores seguem preocupados com as perspectivas para a safra do Brasil.

O contrato maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,52 centavo de dólar, ou 3,3%, a 16,38 centavos de dólar por libra-peso.

Operadores citaram crescentes expectativas de que a produção de açúcar do Brasil enfrente dificuldades para alcançar os 36 milhões de toneladas anteriormente projetados.

Eles disseram que o açúcar deve seguir em alta no curto prazo, embora as fortes exportações da Índia eventualmente limitem os ganhos.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos afirmou que a produção de açúcar da Tailândia deve avançar 40% em 2021/22 ante 2020/21, para 10,6 milhões de toneladas.

A ESIIC, compradora estatal do Egito, abriu uma licitação por 100 mil toneladas de açúcar bruto do Brasil.

O açúcar branco para maio avançou 14,00 dólares, ou 3,2%, para 455,60 dólares por tonelada no vencimento do contrato, com entregas estimadas em cerca de 132 mil toneladas.

Café Grãos Commodities
A corretora e consultoria StoneX disse que espera uma recuperação de demanda por café nos Estados Unidos (Imagem: Reprodução/Embrapa)

Café

O contrato maio do café arábica fechou em alta de 0,6 centavo de dólar, ou 0,5%, a 1,327 dólar por libra-peso, engatando o quarto ganho consecutivo.

Investidores projetam um déficit cada vez maior de arábica, com o Brasil –maior produtor global de café– entrando em um ano de baixa em seu ciclo bienal de produção. O déficit tem ofuscado a pressão exercida pela valorização do real.

“Em nossa opinião, a queda na próxima safra do Brasil já está precificada, e a pressão provavelmente será sentida mais no mercado físico do que no mercado futuro, que possui um bom volume de estoques certificados”, disse o Rabobank em nota nesta semana.

A corretora e consultoria StoneX disse que espera uma recuperação de demanda nos Estados Unidos, maior mercado consumidor de café do mundo, citando o progresso na campanha de vacinação do país.

O café robusta para maio recuou 2 dólares, ou 0,1%, para 1.363 dólares a tonelada.

Os preços domésticos do café no Vietnã, maior produtor global de robusta, avançaram nesta semana.

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