Internacional

Presidente da Argentina diz que segue o diálogo pela reestruturação da dívida externa

09 maio 2020, 17:50 - atualizado em 09 maio 2020, 17:50
Presidente da Argentina, Alberto Fernández
Fernández, um peronista de centro-esquerda, tuitou que ele e o ministro da Economia, Martín Guzmán, continuam “dialogando de boa fé” com os credores (Imagem: Reuters/Mariana Greif)

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse neste sábado que as negociações com credores para reestruturar 65 bilhões de dólares da dívida externa do país continuam, diante de uma falta de acordo sobre o resultado final da oferta.

Fernández, um peronista de centro-esquerda, tuitou que ele e o ministro da Economia, Martín Guzmán, continuam “dialogando de boa fé” com os credores com o objetivo de chegar a um acordo tolerável, depois que o prazo para aceitar a oferta inicial do governo expirou na sexta-feira.

“A possibilidade de estender a oferta continua vigente até segunda-feira, 11 de maio. Quando esse prazo expirar, definiremos os próximos passos. Como sempre, nosso objetivo é assumir compromissos que possamos cumprir”, afirmou Fernández em sua conta no Twitter.

Fernández disse anteriormente à rádio local que poderia haver contraofertas dos credores nos próximos dias. No entanto, ele indicou que é improvável que sua posição mude muito.

“Sou muito firme no que propusemos”, afirmou o presidente à rádio Futurock, acrescentando que estava lidando com “personagens muito únicos do mundo das finanças”.

“Desta vez, temos uma espécie de aval do principal auditor das finanças mundiais, que é o Fundo (Monetário Internacional)”, acrescentou.

Fernández e Guzmán, que participaram de um café da manhã de trabalho neste sábado, propuseram em abril aos credores um corte de 62% na taxa de juros, um período de carência de três anos e uma redução de capital de 5,4%.

“Agradecemos aos credores que apoiaram nossa proposta. Até segunda-feira, há tempo para estendê-la. O diálogo continua em busca de um acordo que a Argentina e seus credores possam sustentar”, tuitou Guzmán, alinhado às declarações do presidente.

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