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Prio (PRIO3) se prepara para comprar fatia de campo de petróleo no Rio de Janeiro

25 set 2024, 11:09 - atualizado em 25 set 2024, 17:33
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(Imagem: Reprodução/Site da Prio)

A Prio (PRIO3) confirmou que está em negociação para comprar participação no Campo de Peregrino, no Rio de Janeiro, mostra fato relevante publicado nesta quarta-feira (25).

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“Até o momento, as partes não entraram em acordo vinculante que caiba informar ao mercado”, informou.

Segundo a Folha de S.Paulo, a companhia deverá comprar 40% da participação da chinesa Sinochem. Ainda de acordo com o jornal, o preço da aquisição vai girar entre US$ 1,6 bilhão e US$ 1,9 bilhão (R$ 8,7 bilhões a R$ 10,3 bilhões, na cotação atual).

Os outros 60% do campo de Peregrino é da petroleira norueguesa Equinor, que é a operadora do campo.

De acordo com dados fornecidos pela ANP (reguladora de petróleo e gás do Brasil), a produção em julho do campo foi de 78 mil barris de óleo equivalente por dia (kboed), ou 31 kboed para a participação de 40% da Sinochem, contra produção média de 90 kboed da PRIO no segundo trimestre.

No Ibovespa, a PRIO caiu 3,72%, a R$ 44,81 em meio ao recuo do petróleo.

Compra da PRIO não seria surpresa

Em relatório, o BTG diz que não ficaria surpreso se o acordo fosse concretizado em breve. O banco recorda que a administração da companhia vem reforçando que vai gerar valor para o acionista por meio de fusões e aquisições.

Os analistas dizem ainda que a compra, caso seja realizada nestes termos, poderá ser não apenas positiva como transformadora.

“Algumas semanas atrás, atualizamos nossas suposições para o campo Peregrino e, mesmo com estimativas conservadoras, acreditamos que este preço permitiria que as TIRs (taxa interna de retorno) denominadas em USD se aproximassem de 20%”, destaca.

O modelo não considera atualmente nenhuma redução no Opex (despesas operacionais) do nível atual de US$ 450 milhões por ano, em grande parte impulsionado por custos de energia mais altos desde que a plataforma Peregrino começou a usar diesel em vez de gás para geração de energia.

“Se esse problema for resolvido, ele poderá desbloquear mais vantagens em nossas estimativas”, diz.

O BTG também não descarta que essa aquisição seja apenas o primeiro passo em uma estratégia mais ampla para eventualmente comprar o campo inteiro. “Esperamos que a Equinor venda sua participação no ativo nos próximos anos”.

“Continuamos compradores da PRIO, que continua sendo nossa principal escolha no setor. As ações estão sendo negociadas a um rendimento de 18% FCFE em 2025 e 29% em 2026, com base nos preços do Brent de US$ 75/bbl e US$ 70/bbl, respectivamente”, coloca.

Já o Goldman Sachs disse que embora não tenha nenhuma opinião sobre a probabilidade da transação potencial seguir adiante, destaca que a administração da PRIO argumentou anteriormente que é capaz de gerar mais valor alocando capital a maiores taxas de retorno em novos projetos (buscando TIRs de >20% em termos de USD) versus remunerar os acionistas por meio de dividendos.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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