Commodities

Produção de gás de xisto nos EUA perto do menor nível desde 2018

19 maio 2020, 7:56 - atualizado em 19 maio 2020, 7:56
Petroleo
A estimativa é de que a produção total caia em 197 mil barris por dia no próximo mês, para 7,822 milhões de barris (Imagem: Pixabay)

A produção de petróleo nas sete principais regiões de gás de xisto dos Estados Unidos deve cair para o nível mais baixo desde 2018, diante da desaceleração dos produtores devido ao recente colapso dos preços.

As perdas serão lideradas pela Bacia Permiana – que abrange o Texas e o Novo México -, onde a produção deve cair em 87 mil barris por dia em junho, para 4,29 milhões, de acordo com o mais recente Relatório de Produtividade em Perfuração da Administração de Informação de Energia.

A estimativa é de que a produção total caia em 197 mil barris por dia no próximo mês, para 7,822 milhões de barris, o que seria o menor volume desde o final de 2018.

A queda projetada seria ainda maior se a produção estimada em maio não tivesse sido revisada para baixo em cerca de 500 mil barris por dia.

As vítimas da desvalorização das cotações do petróleo incluem milhares de pessoas que perderam o emprego, pois produtores fecharam poços com a demanda em queda livre como resultado da pandemia.

Agora os preços do petróleo se recuperam com o início da flexibilização das medidas de isolamento social e reabertura de cidades, um sinal de que o pior da crise pode ter passado.

No entanto, analistas da IHS Markit esperam que a produção continue a cair pelo resto do ano e até 2021, pois o mercado ainda precisa reduzir o enorme excesso de oferta.

A Bacia Permiana pode se recuperar mais rapidamente por causa de uma melhor base de recursos, disse Kurt Barrow, vice-presidente de mercados de petróleo na IHS Markit. “Ainda existe o risco de que o ressurgimento do vírus provoque confinamentos em larga escala e reverta esse crescimento.”

O número de poços perfurados, mas incompletos, na Bacia Permiana subiu em 28 unidades, para 3.464 em abril, mostrou o relatório. É o número mais alto desde setembro do ano passado e mais uma evidência de que os produtores terão grande estoque para acessar assim que a recuperação tiver início.