Internacional

Programas de dispensa temporária protegem 40 milhões na Europa

05 maio 2020, 14:57 - atualizado em 05 maio 2020, 14:57
Mais de 40 milhões de trabalhadores foram dispensados temporariamente durante as paralisações, com base em dados das maiores economias da região (Imagem: Reuters/Arnd Wiegmann)

Governos europeus tiveram que gastar muito para proteger trabalhadores durante as medidas de confinamento para combater o coronavírus, mas o enorme peso nas públicas parece valer a pena.

Mais de 40 milhões de trabalhadores foram dispensados temporariamente durante as paralisações, com base em dados das maiores economias da região.

Parte dos salários é coberto pelo estado. Sem o apoio dos governos, muitos poderiam ter ficado sem trabalho, o que elevaria a taxa de desemprego para níveis inéditos.

A Bloomberg Economics estima que, se todos os trabalhadores em risco tivessem perdido o emprego, a taxa de desemprego na Alemanha, França, Itália e Espanha – as quatro maiores economias da zona do euro – poderia ter subido para até 42% no pico do confinamento.

Seria um grande golpe para a economia da zona do euro, onde o mercado de trabalho melhorou lentamente após a dupla devastação da crise financeira global seguida pela crise da dívida soberana da região.

Para evitar uma repetição disso, os governos assumiram a liderança. Os gastos estimados em programas de demissão temporária devem somar cerca de 100 bilhões de euros (US$ 110 bilhões) de março a maio nas maiores economias.

O quadro parece muito mais drástico nos EUA, onde o relatório mensal do mercado de trabalho será divulgado na sexta-feira.

Os dados podem mostrar que 21 milhões pessoas foram demitidas em abril. O número é 26 vezes maior do que o pior resultado mensal durante a crise financeira.

Mas o mercado de trabalho europeu não está imune ao impacto. Na Alemanha, os pedidos de seguro-desemprego tiveram aumento recorde de 373 mil em abril. Na Espanha, o número de pedidos saltou quase 600 mil nos últimos dois meses.

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