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Quando a Braskem voltará a pagar os acionistas com dividendos?

21 set 2021, 17:37 - atualizado em 21 set 2021, 17:37
Trabalhador em frente a tanque da Braskem em Maceió
(REUTERS/ Amanda Perobelli)

A Braskem (BRKM5) viveu tempos difíceis nos últimos anos: escândalos de corrupção envolvendo a sua controladora, a Odebrecht , e o afundamento do solo na cidade de Maceió, em Alagoas, provocaram grandes “dores de cabeça” para as suas operações.

Porém, a petroquímica parece se reerguer: neste ano, os papéis acumulam alta de 151%. Além disso, a Braskem entregou bons resultados no segundo trimestre. Agora, o acionista já pode, inclusive, voltar a sonhar com o pagamento de dividendos.

Segundo o Bank Of America, em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times, com a geração de caixa no azul, a empresa tem a possibilidade de distribuir dividendos ainda no primeiro semestre de 2022. 

“A evolução positiva dos resultados deve permitir à Braskem continuar melhorando o perfil da dívida e financiando projetos de expansão”, afirma.

O banco iniciou a cobertura das ações com preço-alvo de R$ 84, potencial de alta de 43,6%.

Segundo o BofA, a empresa irá se beneficiar de quatro pontos: 

  • margens petroquímicas positivas, que devem permanecer em níveis atrativos,
  • recuperação econômica
  • liderança em polietileno verde
  • avaliação favorável apesar do forte desempenho das ações.

Venda dos acionistas

Tanto a Novonor, antiga Odebrecht, quanto a Petrobras (participação conjunta de 74,47%), indicaram o potencial de alienação de suas participações na Braskem.

Os movimentos possíveis podem incluir a venda direta a um terceiro ou a venda das participações da Novonor ou Petrobras por meio de oferta pública.

“Tal venda pode ser precedida por um colapso da estrutura acionária (conversão de ações sem direito a voto em votantes), o que pode ser positivo para avaliações de patrimônio”, dizem.

Volta, dividendos!

Em conferência com investidores, o CEO Roberto Simões já afirmou que a Braskem avalia retomar o pagamento de dividendos, apoiada em um quadro de baixa alavancagem e resultados fortes.

“Tem espaço para pensarmos em dividendos, sim”, disse o executivo.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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