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Queda do petróleo e coronavírus podem jogar Brasil na recessão

16 mar 2020, 17:12 - atualizado em 16 mar 2020, 20:47
Dinheiro
Sob pressão: economia brasileira pode encolher neste ano, diante de conjuntura internacional negativa (Imagem: Pixabay)

Isso é que é reversão de expectativas: se, em janeiro, a maior parte do mercado acreditava que o Brasil cresceria acima de 2%, agora, já há quem cogite que corremos o risco de entrar em recessão. A avaliação é do grupo financeiro americano PNC, em relatório recente.

O economista-chefe do grupo, Gus Faucher, que assina o texto, junto com sua equipe, acredita que a tempestade perfeita que se abate sobre o mundo, neste momento, é o que mais ameaça a economia brasileira.

“A queda nos preços do petróleo e os desdobramentos do Covid-19 ameaçam empurrar o Brasil de volta à recessão em 2020”, afirma, sem rodeios, o relatório.

Números ambíguos

A equipe do PNC lembra que o crescimento do PIB no quarto trimestre trouxe números ambíguos, que podem apoiar tanto a tese de que estamos voltando ao crescimento, quanto de que não nos recuperamos.

Do lado da demanda, os analistas destacam o aumento do consumo das famílias, a estagnação dos gastos públicos e a queda das exportações e importações. O PNC não fornece, contudo, uma estimativa de quanto o PIB poderia encolher neste ano.

De qualquer forma, o mercado anda mais pessimista que no início do ano. O boletim Focus desta segunda-feira (16) mostra uma acentuada queda nas expectativas para o PIB de 2020. O crescimento projetado agora é de 1,68%. Trata-se de um corte de 0,31 ponto – o maior deste ano.

A queda das estimativas leva os analistas a aguardarem um novo corte da Selic. A aposta do PNC é de uma redução de 0,50 ponto, o que traria a taxa para 3,75% ao ano. Há, porém, bancos que esperam um corte mais ousado, como o UBS, que sugere 1 ponto percentual.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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