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Quer investir em fundos imobiliários e não sabe por onde começar? Veja os favoritos da Guide

20 set 2023, 13:00 - atualizado em 20 set 2023, 12:48
shoppings compras fundos imobiliários
Guide atualiza estimativas e escala nove fundos imobiliários para apostar, incluindo dois FIIs de shoppings (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

O índice de fundos imobiliários (Ifix) dá sinais de que deverá iniciar a primavera com calmaria e engatar o sexto mês de valorização.

No ano, alguns segmentos vêm se destacando como o de tijolo, principalmente os fundos de varejo e de shoppings.

Segundo levantamento recente da Guide Investimentos, os FIIs de tijolo de renda urbana apresentam o maior valor médio em relação ao valor patrimonial do setor, de 1,09 vez. Sendo assim, é o segmento que tem cotas menos descontadas. 

Em relação ao dividend yield (retorno com dividendos), os fundos de recebíveis seguem com o melhor desempenho, de 13,6% – considerando o fechamento de 15 de setembro. Os fundo de fundos (FoFs) apresentaram na data um retorno de 10%.

A partir desses dados, a casa de análises atualizou os seus fundos imobiliários ‘top picks’ de cada segmento. Veja abaixo a relação de nove FIIs indicados pela Guide por setor.

1. Recebíveis

O analista Fernando Siqueira diz que a casa gosta de fundos chamados de “high grade” e “middle risk” (risco médio). Isso porque o risco da carteira tem mais qualidade de crédito e retorno projetado “muito atrativo”.

O fundo ‘top pick’ no segmento é o RBR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11).

2. FoFs

A Guide avalia que o segmento está negociando a uma média de 6% de desconto em relação ao valor patrimonial. O que é atrativo para a aquisição de cotas, visto o elevado desconto e o retorno contratado. 

“Acreditamos que os principais fundos e com maior liquidez serão os primeiros a surfar uma possível correção ao valor patrimonial no próximo ciclo de corte nos juros“, comenta Siqueira. 

No segmento, os fundos favoritos da Guide são o CSHG Imobiliário Fundo de Fundos (HGFF11) e Bradesco Carteira Imobiliária Ativa (BCIA11).

3. Lajes corporativas

A casa de análises chama a atenção para o desconto de lajes corporativas em relação ao valor patrimonial, sendo o maior entre os segmentos, de 0,72 vez. O que, segundo o analista, ainda é influenciado por elevadas taxas de vacâncias e de alavancagem. 

“Isso insere uma camada adicional de risco no curto e médio prazo com o pagamento das amortizações e baixas disponibilidades financeiras”, diz o analista.

O VBI Prime Properties (PVBI11) e CSHG Prime Offices (HGPO11) são os FIIs queridinhos da Guide no setor.

Siqueira destaca a participação deles em ativos de alta qualidade e localizações primárias, como os bairros Vila Olímpia e Itaim Bibi, e a região da avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. “Além de nula ou baixa alavancagem”, acrescenta.

4. Shoppings

A Guide Investimentos destaca a recuperação de shoppings após os efeitos da pandemia de covid-19, em 2020 e 2021, o que resultou no aumento de consumo das famílias. O que é um fator que impacta positivamente o segmento. 

“Isso irá refletir posteriormente no rendimento distribuído aos cotistas”, observa Siqueira, sobre futuros dividendos. Ele espera ainda elevação da receita operacional líquida do segmento para os próximos 12 meses. 

Sendo assim, os fundos imobiliários top picks da casa de análises são Hedge Brasil Shopping (HGBS11) e XP Malls (XPML11).

5. Galpões logísticos

O segmento de logística vem exibindo melhora nos últimos meses após o susto do primeiro trimestre, quando a crise de varejistas como Americanas (AMER3), Marisa (AMAR3) e Tok&Stok resultaram em atrasos de pagamento de aluguel e devolução de imóveis.

“Seguimos acompanhando a demanda e oferta de novos galpões, como também os disponíveis para locação. Com isso, não enxergamos sobreoferta no curto prazo. A expectativa é de aumento de preço do aluguel praticado, principalmente em galpões bem localizados”, pondera o analista da Guide.

Os FIIs preferidos do segmento são BTG Pactual Logística (BTLG11) e Bresco Logística (BRCO11).

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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