Mercados

Radar do mercado: Payroll e o que mais importa para a bolsa hoje, segundo 4 analistas

07 jan 2022, 9:49 - atualizado em 07 jan 2022, 9:50
EUA com México
Mercados estarão bastante atentos à divulgação do Payroll referente a dezembro. (Imagem: REUTERS/Jose Luis Gonzalez)

A divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos (Payroll) é um dos destaques desta sexta-feira (7), segundo relatórios de abertura de mercado das corretoras.

O Ibovespa futuro operava em alta de 0,02% pela manhã, enquanto mercados globais amanheciam mistos (EUA +0,1% e Europa -0,2%).

Na China, o índice de Hang Seng subiu 1,8%, com os valuations das empresas de tecnologia atraindo investidores.

Veja o que importa para o mercado hoje, segundo quatro analistas.

XP: Payroll de dezembro

A XP Investimentos diz que os mercados estarão bastante atentos à divulgação do Payroll referente a dezembro. O consenso dos analistas aponta para (expressiva) criação líquida de quase 450 mil vagas no mês passado, enquanto o time de estratégia global da XP espera 525 mil novas ocupações.

A taxa de desemprego nacional (consenso: 4,1%; XP: 4,2%) e o rendimento real médio por hora (consenso: 0,4% em dez/nov e 4,2% em dez-21/dez-20; XP: 0,3% em dez/nov e 4,1% em dez-21/dez-20) também serão monitorados de perto pelos agentes de mercado, diz a corretora.

BB: Sensível ao exterior

Para o BB Investimentos, os ativos locais devem seguir sensíveis ao exterior, com os investidores em compasso de espera pelos dados do payroll, que tende a calibrar as apostas dos agentes de mercado para o cronograma do Fed sobre o ciclo de alta dos juros e o balanço patrimonial.

No front interno, as atenções dos agentes de mercado seguem voltadas para o ambiente de incertezas gerado pela pressão do funcionalismo público federal por reajustes salariais, podendo levar ao agravamento do quadro de debilidade fiscal, diz o banco.

“No mais, seguem no radar a provável pressão política por mais gastos em um ano eleitoral e o receio de aumento de despesas provocadas por uma nova onda da pandemia”, comenta o BB.

Para o banco, espera-se que os ativos sigam sensíveis ao ambiente global, sem deixar de lado as pressões inflacionárias e ficais locais, com a curva de juros apresentando viés de alta, o dólar se valorizando frente ao real e o Ibovespa caindo.

“Porém, neste caso a tendência de baixa pode ser limitada pelo viés de valorização do petróleo e do minério de ferro”, diz.

Commcor: Variante ômicron

A Commcor comenta quem receios com a variante ômicron seguem assombrando investidores, mas diz que a mudança da “régua” para medir os impactos da pandemia é chave para compreender a relativa tranquilidade de agentes de mercado.

“O mercado parece dar mais relevância aos números de ocupação de UTIs, os quais seguem bastante baixos dada a menor agressividade da variante em questão.”

Para a corretora, a situação ainda é “bastante delicada, mas o mercado realmente parece estar tranquilo com o atual momento da pandemia. Pelo menos enquanto não surgir uma variante mais agressiva”.

Genial: Indústria brasileira

A Genial Investimentos lembra que, em novembro, a produção industrial recuou 0,2% na comparação mensal, surpreendendo negativamente o mercado que aguardava um avanço na mesma magnitude. “Com este resultado, o setor acumula o sexto resultado negativo consecutivo”.

“Entretanto, diferentemente dos meses anteriores, as aberturas do setor não apresentaram disseminação dos recuos, assim como observado em meses anteriores, o resultado negativo ficou concentrado na indústria de bens de capital (-3,0% m/m)”.

O destaque positivo foi para a indústria de bens de consumo duráveis, que avançou 0,5% m/m na margem, rompendo com a sequência de 10 quedas consecutivas, diz. O avanço de 2,9% m/m na produção de veículos automotores contribuiu para esse resultado positivo, segundo a corretora.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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