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Raízen (RAIZ4) reforça planos com 20 novas plantas de etanol E2G e salta mais de 7% na semana; o que esperar para a ação?

16 set 2023, 10:00 - atualizado em 15 set 2023, 17:26
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Analistas enxergam a Raízen bem posicionada com nova MP do “Combustível do Futuro”, mas há ressalvas quanto ao otimismo para a ação (Foto: Raízen)

Em comunicado divulgado nesta semana ao mercado através da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Raízen (RAIZ4) reforçou seus planos para construção de 20 plantas de etanol de segunda geração (E2G) entre 2030 e 2031.

O comunicado foi publicado na quarta-feira (13) após o Valor Econômico veicular uma notícia sobre o avanço dessas plantas, que devem produzir 1,6 bilhão de litros de etanol por ano e contribuir com R$ 5-6 bilhões no resultado final da companhia.

Segundo a Raízen, as notícias em questão já estavam disponíveis e poderiam ser obtidas a partir de comunicados divulgados pela empresa.

A semana da Raízen

Nessa semana, ocorreu o “Cosan Day”, que contou com balanços para a empresa, assim como as outras subsidiárias da companhia, como Rumo (RAIL3), Compass e Moove.

Para Larissa Quaresma, analista de ações da Empiricus Research, a sensação é de que os projetos de crescimento da empresa seguem em expansão dentro do custo e prazo esperado.

O clima favorável nos últimos meses acelerou os ganhos de produtividade dos canaviais, que já atingiram a produção por hectare almejada para 2025. Em açúcar, os volumes e preços seguem se beneficiando do cenário competitivo global, com a Índia reduzindo suas exportações. Na agenda do E2G, a segunda planta já está com a inauguração prevista ainda este ano, uma boa notícia”, explica.

Por outro lado, a analista enxerga um ambiente desafiador na área de mobilidade, ainda que haja espaço para uma melhora mais à frente.

“Durante o segundo trimestre (1º tri na visão ano-safra), o fato de o diesel nacional estar mais caro que o importado fez com que a companhia tivesse perdas na distribuição, já que a empresa priorizou o fornecimento nacional, via Petrobras (PETR4). No terceiro trimestre, esse cenário se inverteu e o diesel nacional passou a ficar mais barato, beneficiando os distribuidores com alta cota de compra junto à estatal, como é o caso da Raízen. Dessa maneira, isso deve gerar ganhos de inventário e distribuição no próximo trimestre”, discorre.

Assim, para Quaresma, a Petrobras deve seguir suavizando os reajustes nos preços dos combustíveis, mantendo o cenário competitivo desafiador para as distribuidoras, apensar do ganho previsto para o próximo trimestre.

“A Raízen continua a privilegiar o fornecimento via Petrobras, justamente por essa visão. Acompanharemos de perto o resultado dessa estratégia”, afirma.

Comportamento de RAIZ4 na B3

Na semana, o papel RAIZ4 avançou mais de 7,82% na Bolsa de Valores do Brasil (B3), segundo o TradeMap.

De acordo com a XP Investimentoso momento é positivo para o setor de açúcar e etanol, principalmente por conta do auto embargo da Índia para as exportações de açúcar e os preços da commodity, que estão em patamares elevados no mercado internacional.

No entanto, para Pedro Fonseca, analista do setor de Agro, Alimentos e Bebidas, sob a ótica das ações, não há otimismo.

“A melhor dinâmica já foi precificada e o preço do etanol ainda está muito defasado. Assim, mesmo com a expectativa de melhor demanda pelo aumento da mistura de etanol na gasolina, ainda não é um gatilho para um novo movimento positivo das ações”, comenta.

Por fim, Fonseca enxerga a empresa bem posicionada com a nova MP do “Combustível do Futuro“.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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