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Receita de exportação de frango do Brasil é recorde em maio com inflação global, diz ABPA

14 jun 2022, 16:31 - atualizado em 14 jun 2022, 16:31
Frango
O volume embarcado pelo maior exportador global da proteína também cresceu em maio, mas em uma proporção menor, de 3,7% no comparativo anual (Imagem: Pixabay)

As exportações de carne de frango do Brasil renderam 904,6 milhões de dólares em maio, alta de 37,8% ante o faturamento obtido no mesmo mês do ano passado e um novo recorde mensal, puxado pelo impacto da inflação sobre os preços, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta terça-feira.

O volume embarcado pelo maior exportador global da proteína também cresceu em maio, mas em uma proporção menor, de 3,7% no comparativo anual, para 429,6 mil toneladas considerando produtos in natura e processados.

“O quadro inflacionário global, com a alta dos custos de produção, e a forte demanda por carne de frango no mercado internacional fortaleceram os preços médios internacionais para patamares superiores a 2 mil dólares por tonelada”, disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

“O bom desempenho na receita dos embarques de maio ajuda a equilibrar os impactos gerados pelos preços elevados de todos os insumos que compõem a produção”, acrescentou, em referência a itens como o milho e farelo de soja.

De acordo com a entidade, a máxima histórica anterior para a receita foi registrada em abril deste ano, com 821,07 milhões de dólares.

Entre os principais destinos das exportações brasileiras, a ABPA destacou a China, que foi o principal comprador ao importar 50,2 mil toneladas, apesar de ter recuado em 8,8% ante maio do ano passado.

Já os Emirados Árabes Unidos importaram 44,8 mil toneladas no período, um salto de 73,2%, seguidos pelo Japão, com 33,1 mil toneladas (+3,2%) e União Europeia, com 26,3 mil toneladas (+80,7%).

O aumento de compras da proteína pelos europeus ocorre em momento de menor fornecimento ao bloco vindo da Ucrânia, após a invasão do país pela Rússia.

O diretor de mercados da associação, Luis Rua, acrescentou que o Brasil tem aumentado sua capilaridade dos embarques de maneira sustentável, além de reforçar a posição em mercados históricos.

“Ainda há boas expectativas nos meses vindouros nas exportações para o mercado mexicano”, pontuou.

Na véspera, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que as exportações de carne de aves in natura do Brasil alcançaram 400,76 mil toneladas em maio, aumento de 4,7% ante igual período do ano anterior e o maior volume mensal embarcado em 2022.

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