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Recuperação judicial: Conheça o setor da economia que está mais protegido das RJs

05 abr 2023, 12:18 - atualizado em 05 abr 2023, 12:18
Hospital, saúde, recuperação judicial
O setor de saúde parece ter uma blindagem aos pedidos de recuperação judicial (Imagem: Comunicação SP/HUB)

Os pedidos de recuperação judicial subiram 59% entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian.

Empresas conhecidas como Americanas (AMER3), Oi (OIBR3), Amaro e Grupo Petrópolis entraram nessa lista ao longo dos últimos meses. O mercado também cogitou entrada da Light (LIGT3) no grupo de RJs de 2023.

Mas o setor de saúde possui uma blindagem aos pedidos de recuperação judicial, sustentada pelos mecanismos de regulação da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Harold Takahashi, sócio da Fortezza Partners e especialista no setor de saúde, explica que sempre achou difícil a possibilidade de empresas de saúde entrarem com pedidos de recuperação judicial, em especial no segmento de planos de saúde.

“A ANS já tem regras de cobertura para os planos de saúde. Se a empresa fere a cobertura de garantias para venda de planos, ela é interditada antes de se tornar insolvente”, explica.

O especialista conta que um dos maiores riscos para um regulador de planos de saúde é vender planos, mas não conseguir arcar com a prestação de serviço.

Contudo, a ANS exige que essas empresas reportem periodicamente o que estão vendendo e as reservas que as companhias têm para honrar os planos vendidos.

“É muito mais difícil ter uma surpresa em uma empresa de plano de saúde do que em uma varejista, como uma recuperação judicial”, explica Takahashi.

Rafael Barros, analista da XP Investimentos, também afirma que não enxerga um risco de recuperação judicial no setor de saúde atualmente.

“Esse cenário pode mudar, mas hoje não enxergo essa possibilidade no setor”, avalia.

Repórter
Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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