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Redução no aluguel de lojas ainda é um problema para o Iguatemi, avalia Safra

06 nov 2020, 17:41 - atualizado em 06 nov 2020, 17:41
Iguatemi Ribeirão Preto
As vendas mesmas lojas recuaram 37,5% e os aluguéis mesmas lojas caíram 28,5% (Imagem: Divulgação/Iguatemi Ribeirão Preto/Facebook)

A redução no valor do aluguel das lojas dos shoppings ainda é um problema para o Iguatemi (IGTA3), na visão do Banco Safra.

A empresa divulgou seu balanço financeiro na quinta-feira (5) e não fez os olhos dos analistas brilhar. A administradora de shopping teve lucro líquido de 61,6 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 29,2% sobre o mesmo período do ano passado, com forte queda nas vendas na mesma comparação.

A companhia afirmou que a inadimplência líquida dos lojistas foi de 13,4% no trimestre, um crescimento de 13 pontos percentuais sobre o mesmo período do ano passado. Mas afirmou em balanço divulgado nesta quinta-feira que “esse indicador vem se mantendo estável mesmo com a retomada nas cobranças de aluguel”.

As vendas mesmas lojas recuaram 37,5% e os aluguéis mesmas lojas caíram 28,5%. As vendas totais somaram 1,8 bilhão de reais no trimestre, queda de 45,2% sobre um ano antes.

Segundo a empresa, atualmente todos os 16 shopping centers operados pela Iguatemi estão com operação ativa, sendo que 11 deles estão funcionando em regime de 12 horas, 1 durante 11 horas, 2 durante 10 horas e 2 por 8 horas.

“Em suma, a empresa já está observando uma recuperação gradual no tráfego de pedestres dentro de seus shoppings, onde as vendas totais aumentaram 201,6% no trimestre, atingindo R$ 1,82 bilhão, uma queda de 45,2% anual), com receita de estacionamento crescendo 234% no trimestre totalizando R$ 18,7 bilhões”, avaliou o Safra.

O banco avaliou também que a taxa de ocupação ainda continua deteriorada após meses da abertura dos shoppings.

“Em nossa avaliação, essa deterioração pode se traduzir em mais pressão de resultados mesmo quando sua receita de aluguel começar a se normalizar, pois reflete o cenário macro negativo para muitos varejistas em todo o país”, afirmou o banco.

De acordo com eles, apesar da perspectiva negativa para os operadores de shoppings no curto prazo, a recomendação de compra foi mantida, com preço alvo de R$ 48,2.

A recomendação é baseada principalmente no atraente potencial de alta que de seus estoques, a resiliência de seus ativos e sua confortável posição de caixa para superar a pressão sobre seus aluguéis em 2020.

Jornalista | Analista de Marketing
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