Perspectivas 2023

Rei dos dividendos: As lições de Luiz Barsi para os investidores em 2023

21 dez 2023, 12:38 - atualizado em 21 dez 2023, 12:38
Luiz Barsi
Louise Barsi, filha de Luiz Barsi, pensa que nem sempre as escolhas do pai podem ser boas para todos (Imagem: Ações Garantem o Futuro)

Luiz Barsi, o rei dos dividendos, é uma inspiração para muitos investidores da Bolsa de Valores por ter conseguido fazer fortuna com proventos — e daí seu o apelido.

Com isso em mente, muitos daqueles que tem este mesmo objetivo, costumam ficar de olho nos movimentos que o megainvestidor pessoa física da bolsa brasileira está fazendo.

A poucos dias para 2023 acabar, o Money Times selecionou algumas dicas e perspectivas de Barsi ao longo deste ano.

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Lições de Luiz Barsi

Taurus (TASA4)

Em entrevista recente para o Money Times, durante evento da Associação dos Analistas e Profissionais de Mercado de Capitais (APIMEC) com a Taurus (TASA4), Barsi comentou  segue apostando na companhia.

Apesar do ano ter sido difícil para a Taurus, que viu uma grande redução no seu lucro nos últimos três balanços trimestrais, Barsi enxerga um futuro promissor para a fabricante gaúcha de armas.

“Esse ano foi desafiador em virtude da [nova] legislação de armas, mas acho que o interesse econômico deve prevalecer sobre um interesse ideológico. O bom senso terá que prevalecer”.

Barsi é o maior investidor individual da fabricante gaúcha, com 7,77% das ações preferenciais da fabricante gaúcha.

AES Brasil (AESB3)

Em junho, Barsi passou a deter 5% da AES Brasil (AESB3). De acordo com o documento enviado ao mercado na época, o rei dos dividendos possuía 30 milhões de ações da companhia. Barsi disse que a operação visava exclusivamente o investimento de médio e longo prazo na companhia.

Na época, o investidor disse, em entrevista ao site Inteligência Financeira, que gostaria de comprar mais ações se pudesse.

“Acabei de comprar 5% da empresa. Gostaria que fossem 50%, mas não dá”. Com a aquisição, Barsi passou a deter 30 milhões de ações da elétrica.

Itaúsa (ITSA4) e Ultrapar (UGPA3)

No mês seguinte, em julho, Barsi decidiu abrir mão de duas ações. Uma delas pertence à holding que controla o Itaú (ITUB4), a Itaúsa (ITSA4), porque “deixou de ser um papel que distribui bons dividendos”.

“Talvez eu seja muito preocupado com detalhes, mas a Itaúsa foi uma empresa que surgiu no mercado e é dona do banco Itaú. Só que o Itaú começou a investir em outros segmentos e foi aumentando a quantidade de ações. Então, hoje ela tem uma quantidade de ações que dificilmente consegue remunerar bem”.

Ultrapar (UGPA3) também deixou o portfólio de Barsi. De acordo com ele, essa compra foi um “acidente”.

“Eu tinha ações da Ipiranga Distribuidora, que comprou o Ultra. O Grupo Ultra sofreu uma crise de miopia. Eles desviaram investimento no que eles mais sabiam fazer. Investiram na Oxiteno, uma petroquímica, e na Extrafarma, uma rede de farmácia. Eu falei com eles, achei que não ia dar certo – e não deu certo”.

Mas Barsi é garantia de dividendos?

Em entrevista ao podcast Gêmeos Investem, há cerca de um mês, a filha do megainvestidor, Louise Barsi, que também é investidora, disse que “não é porque o Barsi está comprando, que necessariamente vai ser bom para sua carteira”.

A filha do rei dos dividendos foi questionada se em algum momento já discordou do pai ou fez algo diferente do que ele teria indicado e se arrependido depois.

Louise respondeu que ela e Barsi já discordaram diversas vezes, onde ela se arrependeu daqueles cases que deram certo, mas já escapou de algumas coisas que atrasariam a prioridade do seu portfólio, que é fazer uma carteira previdenciária.

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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