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Roupas e cosméticos farão e-commerce brasileiro crescer nos próximos anos, afirmam executivos

10 mar 2020, 10:26 - atualizado em 10 mar 2020, 10:26
site lojas renner
A Renner está focada em aumentar a quantidade de clientes omnichannel (Imagem: YouTube/EstiloRenner)

Executivos das principais empresas de varejo no Brasil concordaram que a “segunda onda” do e-commerce está crescendo, com as categorias de roupas e de cosméticos mostrando grande potencial para os próximos anos.

Em reunião organizada pela equipe da Ágora Investimentos – que contou com a participação de nomes conhecidos, como os CEOs Frederico Trajano, do Magazine Luiza (MGLU3), Fabio Faccio, da Lojas Renner (LREN3), e Marco Zolet, da Supermercado Now (recentemente adquirida pela B2W (BTOW3)) –, os profissionais defenderam que a prática de fulfillment (processo completo do atendimento de pedidos) será o principal fator para o crescimento das novas categorias.

“O Magazine Luiza está ampliando as soluções de cross-docking para o mercado (onde muitas das novas categorias são vendidas), visando acelerar as entregas”, exemplificaram Richard Cathcart e Flávia Meireles, analistas da Ágora. “Isso provavelmente aumentará no curto prazo, quando a Renner concluir a implantação da capacidade de visualizar e comprar o estoque da loja online”.

Mercearia: um impasse

Os produtos de mercearia dividiram a opinião dos executivos.

Na avaliação da B2W, a categoria é um fator de crescimento de curto prazo. Já Laís Farhart, diretora de Comércio Eletrônico da Unilever, destacou que dados da Ebit/Nielsen sugerem que a mercearia online está decolando. Trajano é da opinião de que a categoria será relevante a longo prazo, mas levará tempo para se consolidar.

Venda cruzada

A Renner está focada em aumentar a quantidade de clientes omnichannel. A companhia percebeu que eles são mais valiosos do que os consumidores de canal único.

Magazine Luiza
Para o Magazine Luiza, o modelo de venda cruzada é uma grande oportunidade, uma vez que 4 milhões de clientes do portal Netshoes/Zattini não compram no principal site da companhia (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

O Magazine Luiza pensa igual. Para a varejista, o modelo de venda cruzada é uma grande oportunidade, uma vez que 18 milhões de clientes do site Magazine Luiza nunca compraram na Netshoes/Zattini e outros 4 milhões do segundo portal não realizaram compras no primeiro.

Principais escolhas do setor

A Ágora se diz otimista com o potencial de crescimento do e-commerce brasileiro. Suas três principais escolhas são Magazine Luiza, B2W e Lojas Renner – todas com recomendação de compra e preços-alvos de, respectivamente, R$ 63, R$ 86 e R$ 65.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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