Crime

Rússia diz que Ucrânia está por trás do assassinato da filha de ultranacionalista

22 ago 2022, 8:36 - atualizado em 22 ago 2022, 11:21
Darya Dugina
Dugina, filha do proeminente ideólogo Alexander Dugin, foi morta na noite de sábado quando um suposto artefato explodiu o carro que ela dirigia (Imagem: Reuters/ Divulgação)

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) acusou nesta segunda-feira os serviços secretos da Ucrânia de realizar o assassinato de Darya Dugina, filha de um ideólogo russo ultranacionalista, em um ataque perto de Moscou.

Dugina, filha do proeminente ideólogo Alexander Dugin, foi morta na noite de sábado quando um artefato explodiu o carro que ela dirigia, disseram investigadores russos.

A Ucrânia, que está se defendendo do que diz ser uma guerra de conquista de estilo imperial montada pela Rússia, nega envolvimento no ataque fatal.

A Rússia chama suas ações na Ucrânia de “operação militar especial”.

Alexander Dugin, de 60 anos, defende a violência para conseguir a unificação dos territórios de língua russa e outros em um novo império russo. Darya, que aparecia regularmente na TV estatal, era uma forte defensora das ações da Rússia na Ucrânia.

Em sua primeira declaração pública sobre a morte da filha, ele disse que Darya foi brutalmente morta diante de seus próprios olhos pela Ucrânia.

“Nossos corações não estão simplesmente sedentos por vingança ou retaliação”, escreveu Dugin. “Só precisamos de nossa vitória (contra a Ucrânia). Minha filha sacrificou sua jovem vida no altar da vitória. Então, por favor, vença!”

O serviço de segurança FSB afirmou, segundo agências de notícias russas, que o ataque a Dugina foi realizado por uma mulher ucraniana nascida em 1979, a quem nomeou e cuja foto e informações pessoais apareceram em sites de notícias russos.

Os sites a vinculavam aos serviços de segurança da Ucrânia e a acusavam de ser integrante do batalhão Azov, uma unidade do Exército ucraniano que a Rússia designou como grupo terrorista.

A mulher e sua filha adolescente chegaram à Rússia em julho e passaram um mês preparando o ataque ao alugar um apartamento no mesmo bloco habitacional de Dugina, segundo o FSB.

Ela participou de um evento perto de Moscou na noite de sábado em que Dugina e seu pai também estavam, antes de realizar uma “explosão controlada” do carro de Dugina. Ela fugiu da Rússia para a Estônia, de acordo com o FSB.

Não houve resposta imediata da Ucrânia sobre a declaração do FSB.

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