Internacional

Rússia exige que EUA expliquem supostos laboratórios biológicos na Ucrânia

09 mar 2022, 9:07 - atualizado em 09 mar 2022, 9:07
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, exigiu transparência de Washington sobre a alegação, que é negada por Kiev (Imagem: Maxim Shipenkov/Pool via REUTERS)

A Rússia exigiu nesta quarta-feira que os Estados Unidos expliquem ao mundo por que apoiaram o que Moscou classificou como um programa biológico militar na Ucrânia envolvendo patógenos mortais, incluindo peste e antraz.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, exigiu transparência de Washington sobre a alegação, que é negada por Kiev e que um porta-voz do Pentágono descreveu como absurda.

Ela disse que evidências do suposto programa foram descobertas pela Rússia durante o que chama de “operação militar especial” na Ucrânia, invadida pelas forças russas em 24 de fevereiro.

“Já podemos concluir que em laboratórios biológicos ucranianos nas proximidades do território de nosso país estava sendo realizado o desenvolvimento de componentes de armas biológicas”, disse ela.

Zakharova afirmou que a Rússia tem documentos mostrando que o Ministério da Saúde ucraniano ordenou a destruição de amostras de peste, cólera, antraz e outros patógenos após 24 de fevereiro.

Não foi possível confirmar de forma independente a autenticidade de tais documentos.

Em resposta a alegações russas anteriores sobre o suposto programa biológico militar na Ucrânia, um porta-voz do Pentágono disse na terça-feira: “Esta desinformação russa absurda é patentemente falsa”.

Um porta-voz presidencial ucraniano declarou: “A Ucrânia nega estritamente qualquer alegação deste tipo”.

Zakharova disse que o suposto programa foi financiado pelo Pentágono. “Não estamos falando aqui de usos pacíficos ou objetivos científicos… O que vocês estavam fazendo lá?”

“O Departamento de Defesa dos EUA e a administração presidencial dos Estados Unidos são obrigados a explicar oficialmente à comunidade global, oficialmente, e não por meio de negociadores, sobre os programas na Ucrânia.”

“Exigimos detalhes”, disse ela. “Nós exigimos, e o mundo espera.”

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