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Ryanair está perto de encomendar mais jatos Max da Boeing

02 dez 2020, 17:26 - atualizado em 02 dez 2020, 17:26
Ryanair
Além do preço com desconto, uma encomenda maior do Max posicionaria a Ryanair para se expandir nos próximos anos (Imagem: Wikimedia Commons)

A Ryanair está perto de encomendar mais unidades do 737 Max da Boeing, o que daria impulso à fabricante de aviões dos Estados Unidos depois de 20 meses com o jato de corredor único parado.

Um anúncio poderia ser feito já na quinta-feira, de acordo com as pessoas, que não quiseram ser identificadas. A Ryanair, maior companhia aérea de baixo custo da Europa, tem 135 jatos Max encomendados e opções para aumentar o total para 200 ou mais.

Uma compra significativa de um cliente famoso como a Ryanair aumentaria a confiança no Max e ajudaria a repor a carteira de pedidos da Boeing, que secou desde o início da crise de Covid-19. O aterramento prolongado do jato agravou o impacto do menor volume de voos, dando às companhias aéreas e empresas de leasing poder de negociação para cancelar pedidos em vez de apenas adiá-los.

“Um pedido da Ryanair seria um ótimo sinal, um excelente sinal de fato”, disse George Ferguson, analista da Bloomberg Intelligence. Ele acrescentou que o diretor-presidente da Ryanair, Michael O’Leary, “receberá um desconto significativo”.

Além do preço com desconto, uma encomenda maior do Max posicionaria a Ryanair para se expandir nos próximos anos, com o retorno do tráfego de passageiros e reestruturação de concorrentes financeiramente mais fracos. O’Leary disse que o Max permitirá à companhia aérea aumentar a capacidade enquanto reduz o consumo de combustível.

Aterramento global

O Max foi aterrado globalmente em março de 2019, depois de dois acidentes que mataram um total de 346 pessoas. No mês passado, a aeronave recebeu autorização para voar novamente da Administração Federal de Aviação dos EUA, e reguladores europeus esperam permitir voos com o Max na região até meados de janeiro.

A Ryanair opera uma frota apenas com jatos da Boeing e disse que está em negociações para um pedido posterior. A operadora irlandesa não quis comentar sobre o que chamou de especulação. A Boeing, com sede em Chicago, não quis comentar.

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