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Se BRF estivesse rastreando 100% dos grãos, daria no mínimo 730 mil/t mês de ração, calculam os concorrentes

02 set 2021, 11:12 - atualizado em 02 set 2021, 11:12
Carnes, BRF
Animais abatidos pela BRF estão cada vez mais garantidos contra ração de origem em matéria-prima sob suspeição ambiental e social (Imagem: YouTube/BRF Global)

Ao anunciar o aperfeiçoamento das rejeições de compras de grãos em não conformidade com as práticas ambientais e sociais, a BRF (BRFS3) evita falar sobre o volume atualmente consumido por razões estratégicas, embora confirme que a rastreabilidade será 100% somente em 2025.

Por extensão, também não deu a participação da soja e milho adquiridos nos biomas Cerrado e Amazônia, regiões alvos da política da companhia.

Mas uma conta básica, feita por executivos de grandes empresas de suínos e aves de Santa Catarina – principal polo produtivo brasileiro e onde a Sadia e Perdigão possuem as principais bases – calcula em no mínimo 730 mil toneladas mensais de ração pronta. Em torno de 70% seria de milho.

Mariana Modesto, diretora de Sustentabilidade da companhia, questionada por Money Times, garantiu que a rastreabilidade, a ser auditada anualmente “por terceira parte independente” (auditoria externa), reforçará o compliance dos fornecedores primários (de grãos) e secundários (fábricas de ração) sobre o alimento que chega as cerca de 10 mil granjas.

Destas, em torno de 9,5 mil são integradas, segundo as mesmas fontes.

“O plano da empresa é que todos os fornecedores de grãos nos biomas Amazônia e Cerrado, sejam eles diretos ou indiretos, estejam em compliance com política de compras. No bioma Amazônico, a BRF considera “Desmatamento Zero”, ou seja, não adquire ou comercializa grãos produzidos em áreas desmatadas ilegalmente, com qualquer supressão de vegetação ou qualquer outra irregularidade ambiental”, destaca a executiva.

A Política de Compra Sustentável de Grãos engloba a proposta da companhia em ser Net Zero até 2040.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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