Se o US$ seguir ignorando o ‘pavor Lula’ e a soja ficar em viés de alta, qual será a torcida?

O que fazer com a soja se o dólar continuar caindo?

O pavor propagado que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia embutir no mercado financeiro não vicejou nem nos dias antecedentes ao pleito do dia 30. Muito menos os agentes deram bola para a conturbada semana proporcionada pelos grupos antidemocráticos.

A divisa americana caiu de R$ 5,38 no dia 26 para R$ 5,05 na sexta, quando cedeu 1,13%. Só nesta semana perdeu mais de 4% frente ao real.

E a boa valorização do grão na sexta e a tendência de subida que alguns analistas começam a descrever – embora de caráter incerto – não encontram conta redondinha para importadores, que gastam mais, e para muitos produtores.

A oleaginosa rompeu a resistência dos US$ 14,50 o bushel, em Chicago, avançando para U$ 14,62 no janeiro, em mais 1,77%

Aqueles sojicultores que fizerem hedge de insumos com dólar a R$ 5,30, e foram muitos, estão mais ainda na corda bamba.

E o dólar index (DXY) ficou dividido entre altas e baixas, mas ajudou ainda mais o câmbio no mercado interno também na sexta, ao sofrer redução de 1,89%, com os mercados absorvendo as altas de 0,75 pontos percentuais dadas pelo Federal Reserve (Fed) às taxas de juros nos Estados Unidos.

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Se o final da colheita nos EUA der um pouco de fôlego aos preços, com algum espaço adicional da contida demanda chinesa – sempre na expectativa de que aumente antes do fim de ano –, petróleo puxando derivados e alguns temores com o clima na América do Sul, vai se confirmar a partir de amanhã (6).

Por aqui, a torcida é para que haja ao menos algumas correções do câmbio, mesmo que a distensão política siga o curso da semana que passou – esta, sim, outra torcida. Ou não?

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