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Seca e enchentes geram necessidade de expansão de seguro para milho, diz associação

11 jan 2022, 16:32 - atualizado em 11 jan 2022, 16:32
Milho
Já Minas Gerais, Tocantins e sul do Maranhão enfrentaram enchentes (Imagem: Pixabay/KatarzynaSzulc)

A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) vê necessidade “urgente” de expansão do seguro rural para o cereal, em meio a episódios de seca no Sul do país e excesso de chuvas que causaram enchentes em outros Estados produtores, disse a entidade em nota nesta terça-feira.

De acordo com a associação, o milho conta com apenas 10-15% de sua área segurada no Brasil.

A seca gerou uma quebra nas safras de milho verão no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e em áreas de Mato Grosso do Sul, por efeito do fenômeno climático La Niña.

Já Minas Gerais, Tocantins e sul do Maranhão enfrentaram enchentes.

“O quadro atual, que ilustra a intensificação das mudanças climáticas, uma vez mais, reforça a necessidade urgente de expansão do seguro rural”, disse a Abramilho.

Para o presidente institucional da entidade, Cesario Ramalho, houve avanços no orçamento federal destinado à subvenção de seguro rural nos últimos anos, mas o valor ainda está muito aquém do satisfatório.

Ele ainda disse, segundo a nota, que os recursos do programa sofrem com rotineiros contingenciamentos, o que prejudica o acesso do produtor.

“Ou seja, além de insuficiente, a verba ofertada não chega no tempo certo à ponta final, o que é crucial para a atividade agrícola. O seguro rural é tradicionalmente caro em todo o mundo e a subvenção, presente nos principais países produtores, é um mecanismo de gestão de riscos que o Brasil não pode prescindir.”

Ele ainda disse que o avanço de produtos e serviços privados, aliados à tecnologia, pode ter impacto positivo para baratear o valor do prêmio das apólices, e contribuir para expansão do mercado.

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