Economia

Semana terá IGP-M, contas externas, crédito, Ação de Graças e Black Friday

25 nov 2019, 16:34 - atualizado em 25 nov 2019, 16:34
A expectativa também é se a Black Friday vai confirmar ou não o desaquecimento da economia americana e, ao mesmo tempo, a retomada da atividade no Brasil (Imagem: Wikimedia Commons)

Por Arena do Pavini

A semana promete ser agitada, com muitos dados econômicos no fim de novembro, mas com menor volume nos mercados financeiros por conta do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos.

Todos os mercados estarão fechados na quinta e funcionarão até as 13 horas na sexta-feira, dia de ir às compras na Black Friday. Por isso, muitos investidores devem antecipar suas operações e reduzir posições até quarta-feira, para passar um feriado tranquilo e com menor risco de uma declaração desastrada de Donald Trump ou Xi Jinping azedar o humor dos mercados.

A expectativa também é se a Black Friday vai confirmar ou não o desaquecimento da economia americana e, ao mesmo tempo, a retomada da atividade no Brasil.

As lojas já começaram as promoções na semana passada e vão tentar capturar a maior parte dos recursos liberados do FGTS e da primeira parcela do 13º salário, que deve ser paga dia 30 de novembro, sábado.

As promoções copiadas dos Estados Unidos vão ganhando importância no Brasil e podem mostrar se a melhora do comércio e da confiança dos consumidores garantirá um fim de ano confortável para o comércio e um impulso para a economia no começo de 2020.

Vai depender dessa atividade e da inflação a decisão do Banco Central de continuar a cortar os juros além dos 4,5% já prometidos para dezembro.

Falando em inflação, ela estará no radar desta semana, quando sai o IGP-M de novembro, com os dados dos preços no atacado que vão mostrar se o dólar está pressionando os produtos nas fábricas a ponto de ameaçar o varejo e o IPCA, usado pelo BC nas metas de inflação.

Na Alemanha, será divulgado o indicador do clima de negócios e, nos EUA, a sondagem da Manufatura do Federal Reserve de Dallas (Imagem: Pixabay)

O IGP-M, que corrige diversos contratos, como os de aluguéis, sai na quinta-feira. Antes, porém, já na segunda, saem dados do setor externo de outubro, que podem explicar a alta do dólar neste mês. Saem também os dados de arrecadação federal.

Na Alemanha, será divulgado o indicador do clima de negócios e, nos EUA, a sondagem da Manufatura do Federal Reserve de Dallas.

Terça-feira, também na Alemanha, sai o indicador de confiança e, nos EUA, vários dados do setor imobiliário, como preços de casas, além dos dados de estoques, balança comercial e confiança do consumidor do Conference Board.

Quarta-feira, o BC divulga dados de crédito, que podem dar novas pistas sobre a atividade, além de mostrar se as taxas dos empréstimos estão caindo, acompanhando a Selic, que já está em 5% ao ano.

Nos EUA, sai um dado importante, o Produto Interno Bruto do terceiro trimestre e os dados da economia americana do Livro Bege do Fed, além da inflação do gasto pessoal, o PCE, usado pelo banco central americano nas metas informais de inflação.

Banco Central do Brasil
O BC divulga os dados do setor público consolidado, somando aos dados do Governo Central os de Estados, municípios e estatais (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

Quinta-feira sai o resultado primário do governo central, que reúne Tesouro, Banco Central e Previdência.

Nos EUA, é feriado de Ação de Graças, quando a maioria dos americanos viaja para se reunir com a família.

Sexta-feira, além das compras da Black Friday nos EUA e aqui, o IBGE divulga os dados de emprego na Pnad Contínua de outubro. E o BC divulga os dados do setor público consolidado, somando aos dados do Governo Central os de Estados, municípios e estatais. Na China, à noite, saem dados dos índices de gerentes de compras da manufatura e de serviços.

Nos mercados, o Índice Bovespa fechou aos 108.692 pontos na sexta-feira, acumulando alta de 2,00% na semana, 1,37% no mês, 23,67% no ano e 24,25% em 12 meses. Os estrangeiros retiraram R$ 5,063 bilhões do mercado em novembro, elevando o saldo negativo, sem contar as ofertas públicas, para R$ 35,468 bilhões no ano.

O dólar comercial fechou cotada a R$ 4,1920, acumulando pequena queda, 0,02% na semana, mas ainda em alta de 4,49% no mês, 8,18% no ano e 10,08% em 12 meses.

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