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Sequoia fez mais do que prometeu no IPO; ação está atraente, dizem analistas

27 maio 2021, 15:22 - atualizado em 27 maio 2021, 15:22
Sequoia
De acordo com o BTG Pactual, a Sequoia vive um forte crescimento orgânico e inorgânico (Imagem: Sequoia/Divulgação)

A Sequoia (SEQL3) entregou mais do que tinha prometido na época da sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), disse o BTG Pactual (BPAC11). Após incorporar os últimos eventos envolvendo a companhia (a recente oferta subsequente de ações [follow-on], os resultados do primeiro trimestre do ano e as aquisições da Plimor e da Frenet), o banco reiterou a compra do papel, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 38.

O desempenho das ações da empresa desde a realização do follow-on tem frustrado os analistas do BTG, mas o otimismo sobre a atuação da Sequoia nos próximos meses foi mantido.

“Olhando para frente, esperamos que a história de forte crescimento da companhia continue, junto com uma melhora estável da performance operacional, o que deve ajudar os investidores a recobrar a confiança na tese”, comentaram Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Aline Gil, da equipe de research do BTG, em relatório divulgado nesta quarta-feira e obtido pelo Money Times.

De acordo com a instituição, a Sequoia vive um forte crescimento orgânico e inorgânico. Os analistas destacaram que a companhia possui atualmente um pipeline de R$ 2,5 bilhões em receita bruta adicional, o que reforça que o crescimento inorgânico continuará tendo um papel importante para ela no curto prazo.

Desde a realização do seu IPO, a Sequoia anunciou quatro aquisições, que somam R$ 682 milhões em receitas (38% do montante esperado pelo banco para 2021). Além de Plimor e Frenet, a companhia adquiriu as empresas Direcional, o que permitiu a sua entrada no segmento de mercadorias pesadas, e Prime.

Segundo os analistas, as novas aquisições, além de expor a Sequoia a novos mercado, permitem que a empresa expanda sua cobertura geográfica e adicione tecnologias complementares nas operações.

O movimento recente de queda das ações abriu uma oportunidade de compra (Imagem: Reprodução/Sequoia Logística)

Em termos de crescimento orgânico, a companhia tem se beneficiado da forte demanda no e-commerce e entregou no ano passado uma sólida performance, refletindo seus altos níveis de serviço e a habilidade de capturar novos clientes.

O BTG revisou as estimativas para os números da Sequoia. As projeções de receita líquida para 2021 e 2022 subiram 12% e 13%, respectivamente. De Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e lucro líquido, as estimativas cresceram 12% e 2% para 2021, e 15% e 7% para 2022.

Ação descontada

O Itaú BBA reiniciou a cobertura das ações da Sequoia com recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e novo preço-justo ao fim de 2021 de R$ 36,40 (de R$ 36,70 anteriormente).

Apesar de o aumento das taxas de juros ter desacelerado o ritmo de crescimento do e-commerce, a instituição ainda enxerga na Sequoia uma combinação atraente de crescimento com um modelo bem estruturado para gerar bons retornos.

O movimento recente de queda das ações abriu uma oportunidade de compra. De acordo com o Itaú BBA, a Sequoia é negociada a 18,8 vezes e 15,9 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2022 e 2023, respectivamente, em linha com os pares. No entanto, a Sequoia oferece uma combinação mais interessante.

“Nós reconhecemos que histórias de crescimento como a da Sequoia são mais afetadas pela volatilidade que as maiores taxas de juros podem causar para taxas descontadas e, consequentemente, ao valor final. Mas vemos o movimento recente da cotação como uma oportunidade de compra interessante para o nome”, comentaram os analistas Enrico Trotta, Gabriela Moraes e Felipe Amancio, em relatório também divulgado ontem.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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