Economia

Serviços da China voltam a encolher em março e taxa de corte de empregos é recorde

03 abr 2020, 7:54 - atualizado em 03 abr 2020, 7:54
China Xangai Serviços
As empresas de serviços cortaram empregos no ritmo mais forte já registrado conforme as encomendas despencaram pelo segundo mês seguido (Imagem: Reuters/Aly Song)

O setor de serviços da China teve dificuldades para se recuperar em março após um mês brutal de fechamentos sem precedentes de lojas e isolamento social em meio ao surto de coronavírus, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.

As empresas de serviços cortaram empregos no ritmo mais forte já registrado conforme as encomendas despencaram pelo segundo mês seguido e as empresas buscaram reduzir seus custos operacionais. As encomendas para exportações também recuaram de novo já que mais países adotaram suas próprias medidas de contenção do vírus.

Embora o PMI de serviços do Caixin/Markit tenha se recuperado para 43 em março da mínima recorde de 26,5 em fevereiro, ele ainda permanece em território de contração e foi a segunda leitura mais fraca desde que a pesquisa começou no final de 2005. A marca de 50 separa crescimento de contração.

O resultado amplia os temores de que as empresas de serviços podem ser muito mais afetadas e por mais tempo do que as fábricas, que estão lentamente voltando ao trabalho, embora abaixo de níveis normais.

O setor de serviços é um importante gerador de empregos na China e responde por cerca de 60% da economia, que agora deve encolher pela primeira vez em 30 anos.

“A atividade de serviços permaneceu sob enorme pressão e continua a encolher em meio a restrições para conter a epidemia de coronavírus”, disse Zhengsheng Zhong, diretor de análise macroeconômica do CEBM Group.

“A recuperação da atividade econômica permaneceu limitada em março, embora a epidemia doméstica tenha sido contida”, disse ele.

O PMI Composto da China acelerou a 46,7 da mínima recorde de 27,5 em fevereiro.

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