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Shein: Consumidores mandam recado e analista vê tendência que pode afetar empresa

26 maio 2023, 16:25 - atualizado em 26 maio 2023, 16:35
Shein
Eventual tributação dos produtos preocupa consumidores. (Imagem: Divulgação/Shein)

Os dados sobre importações de pequeno valor e a tributação em curso do comércio eletrônico transfronteiriço provavelmente apontam para uma desaceleração do crescimento da Shein no Brasil, disseram analistas do Santander nesta sexta-feira (26).

A tendência, de acordo com banco em relatório assinado por Ruben Couto e equipe, seria positiva para empresas locais, especialmente varejista de vestuário, como Renner (LREN3), C&A (CEAB3) e Guararapes (GUAR3), que têm sido mais ameaçadas pelas empresas estrangeiras.

De acordo com dados divulgados pelo Banco Central mais cedo, as importações de pequeno valor totalizaram US$ 701 milhões em abril, queda de 20% em relação ao ano anterior, marcando a primeira baixa desde maio de 2020.

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Consumidores da Shein ‘mandam recado’

Para o Santander, além do ambiente de inflação e juros altos, a queda das importações de pequeno valor em abril pode ter sido influenciada por um aumento das preocupações dos consumidores sobre uma eventual tributação dos produtos, já que o governo brasileiro agora está sendo mais claro sobre mudanças nas compras transfronteiriças.

Os analistas acrescentam que, conforme noticiou o Valor Econômico, o Ministério da Economia e a Receita Federal planejam propor alterações ao atual sistema brasileiro de compras transfronteiriças, com o objetivo principal de introduzir o pagamento dos impostos de importação no ato da compra.

“À medida que as discussões sobre a tributação do comércio eletrônico internacional se materializam, levando a um aumento nos preços desses produtos, pode haver ventos contrários contínuos para empresas como Shein, Shopee e AliExpress, impactando positivamente as empresas locais”, sublinharam os analistas.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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