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Suzano (SUZB3): BBI vê números fortes no 3T23; vale manter ação na carteira?

27 out 2023, 10:59 - atualizado em 27 out 2023, 11:03
suzano suzb3
Após a divulgação dos resultados do trimestre, a Suzano anunciou R$ 1,66 bilhão em novos investimentos no Espírito Santo (Foto: Divulgação)

A Suzano (SUZB3) divulgou seus resultados referentes ao 3T23, reportando prejuízo líquido de R$ 728 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23)

Apesar de reportar uma queda de 6% no trimestre e 57% em um ano para o Ebitda, que atingiu R$ 3,7 bilhões, o valor ainda veio 12% acima do consenso, de acordo com o Bradesco BBI.

Assim, os resultados superaram as expectativas gerais do mercado, provavelmente devido a um custo caixa/tonelada inferior ao esperado e aos preços da celulose maiores do que o esperado (embora ainda em níveis deprimidos).

Pontos positivos e negativos para Suzano

Entre os destaques positivos para Suzano, segundo o BBI, estão:

  • Melhor dinâmica de custos, com custo caixa de celulose/tonelada (excluindo as paradas para manutenção) de R$ 861 (quedas de 6% notrimestre e de 2% em um ano), apoiado principalmente pelo menor consumo de insumos chave (gás natural, dióxido de cloro e soda cáustica);
  • Volumes acima do esperado, que caíram apenas 1% no trimestre;
  • Desempenho resiliente no segmento de papel, com volumes (12% maiores) e preços (1% maiores) melhorando sequencialmente, levando a um aumento de 7% no Ebitda (R$ 783 milhões);
  • Projeto Cerrado atingindo 78% de progresso físico e 68% de progresso financeiro. A inicialização foi mantida em junho de 2024.

Por outro lado, entre os destaques negativos, estão:

  • Preços de exportação de celulose ainda fracos, em US$ 547/tonelada, recuando 3% no trimestre e 33% em um ano (embora mais forte que o esperado);
  • Relação Dívida Líquida/Ebitda em 2,7x, de 2,2x no 2T23, principalmente pela menor geração de Ebitda nos últimos 12 meses;
  • Maiores custos na divisão de papel, com custo caixa/tonelada crescendo 2% no trimestre

O que fazer com a ação da Suzano?

De forma geral, os números da Suzano ficaram acima das expectativas do mercado, impacto por preços realizados de celulose melhores que o esperado (embora ainda em níveis deprimidos) e custos significativamente mais baixos.

O BBI observa ainda que os fundamentos da demanda chinesa melhoraram gradualmente nos últimos meses, levando a novos aumentos de preços em outubro e novembro, embora isto só deva refletir-se nos resultados da empresa nos próximos trimestres.

Além disso, a empresa compartilhou novos planos de investimento em negócios alternativos (fluff e tissue), o que o BBI considerou positivos, porque aumenta a diversificação da empresa para outros mercados, na avaliação do banco.



No entanto, mesmo o banco reconhecendo que os preços se recuperaram a um ritmo mais rápido do que o esperado, face à crescente demanda chinesa, o BBI não vê espaço para os preços subirem ainda mais, especialmente tendo em conta a entrada de capacidade adicional relevante no mercado e as incertezas macroeconômicas globais.

Com isso, a instituição mantém sua recomendação de venda mantemos nossa recomendação de venda para as ações da Suzano (SUZB3) neste momento.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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