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Taesa (TAEE11) adiciona milhões em receita com linha de transmissão; veja detalhes

30 maio 2023, 20:31 - atualizado em 30 maio 2023, 20:31
Taesa, ações, dividendos
Segundo a companhia, as instalações adicionam aproximadamente R$ 28 milhões em receita anual permitida (RAP) (Imagem: Pixabay)

A Taesa (TAEE11) recebeu da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) licença para colocar em operação três linhas de transmissão no Rio Grande do Sul, mostra documento enviado ao mercado nesta terça-feira (30).

Segundo a companhia, as instalações adicionam aproximadamente R$ 28 milhões em receita anual permitida (RAP).

Sant’Ana, ativo adquirido em leilão de transmissão em 2018, possui RAP total de R$ 77,8 milhões para o ciclo 2022-2023.

Taesa é venda?

Taesa, que até pouco tempo atrás era é favorita no setor elétrico de muitos analistas, deixou de encher os olhos das corretoras e casas de análises. Em relatório, a Genial, por exemplo, é taxativa em dizer que se está pagando caro no papel sem justificativa.

Para a corretora, o lucro líquido de R$ 215 milhões, alta de 47% ante o mesmo período do ano passado, ficou dentro da expectativa, confirmando que a empresa possui qualidade operacional para entregar o que se espera em termos de geração de valor.

Porém, os analistas Vitor Sousa e Israel Rodrigues citam três pontos de atenção para a empresa:

  • O rumor que circulou dias atrás, apontando para uma possível capitalização da empresa que, na visão da Genial, seria negativo, uma vez que, visto os altos níveis de dividendos que a empresa pagou nos últimos anos, uma capitalização nesse momento passa a sensação de uma gestão não tão eficiente na alocação dos recursos da companhia, além de diluir a atual base de acionistas e dos custos da operação;
  • Para os analistas, a Taesa já se encontra precificada, negociando com um prêmio em relação a seus pares, sem fundamentos superiores ou maior capacidade de execução que justifique esse prêmio fora o pagamento de dividendos acima de seus concorrentes;
  • A empresa é a mais alavancada dentre os pares (3,9x Dívida Líquida/Ebitda), em um cenário de juros altos e com um leilão de transmissão à vista. Aliado a isso, 60% da receita da companhia está atrelada ao IGPM, que vem arrefecendo nos últimos meses.

Veja o documento:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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