Resumo: O Ibovespa (IBOV) fica à mercê do exterior. A atenção fica concentrada nas falas de Jerome Powell — o presidente do Federal Reserve passa pelo segundo dia de sabatina no Congresso norte-americano.
O cessar-fogo entre Israel e Irã animaram o mercado e ajudou a derrubar o preço do petróleo de volta para o patamar abaixo dos U$ 70 o barril.
Em viagem aos EUA, analistas do BTG Pactual visitaram clientes em Nova York, Chicago e Flórida e relataram que o interesse por ativos da América Latina continua forte — mas com foco quase total no Brasil.
Nas reuniões, os temas que mais chamaram atenção foram valuation do setor financeiro, estratégia do Itaú Unibanco (ITUB4), cenário eleitoral e perspectivas para o Nubank (NU), disse o banco em relatório assinado por Eduardo Rosman e equipe, divulgado nesta segunda-feira (24)
O Itaú BBA revisou suas projeções para a Vibra Energia (VBBR3) e reduziu o preço-alvo das ações de R$ 30 para R$ 29 ao final de 2025. Apesar do corte, o banco manteve a recomendação de compra, apostando na retomada gradual da participação de mercado e no potencial de melhora dos resultados nos próximos anos. Em relação ao último fechamento (24), o potencial é de alta de 28% no ano.
A principal leitura do Itaú é que, mesmo que a companhia tenha perdido cerca de 5 pontos percentuais de participação no setor de distribuição de combustíveis desde o fim de 2022, há sinais de que esse movimento pode ser revertido, e de forma lucrativa.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (25) que Israel e Irã estão exaustos, mas alertou que o confronto entre os dois países pode recomeçar.
“Eu lidei com ambos e eles estão cansados e exaustos, mas acho que algum dia pode começar de novo [o confronto]. Talvez em breve”, disse.
O dólar à vista (USDBRL) recupera o fôlego no exterior e estende os ganhos ante o real em meio a uma combinação de fatores: monitoramento das tensões no Oriente Médio, discursos dos presidentes dos Estados Unidos e do Federal Reserve (Fed) e movimentações em Brasília.
Por volta de 12h10 (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, subia 0,12%, aos 97.975 pontos.
As ações da Vale (VALE3) operam em queda nesta terça-feira (25), refletindo a baixa do minério de ferro nas bolsas asiáticas.
O contrato da commodity recuou 0,43% em Dalian e 0,30% em Cingapura, pressionando o desempenho das mineradoras e siderúrgicas na B3.
Por volta das 12h12 (horário de Brasília), os papéis caíam 0,77%.
CSN Mineração (CMIN3) também recuava, com baixa de 0,41%, enquanto a CSN (CSNA3) figurava entre as principais perdas do Ibovespa com queda de 3,93%. Usiminas (USIM5) caía 2,38%, Gerdau (GGBR4) recuava 2,05% e Metalúrgica Gerdau PN (GOAU4) tinha baixa de 1,57%.
O Ibovespa, por sua vez, caía 1,02%, aos 135.764,25 pontos.
Segundo analistas, o setor siderúrgico segue pressionado pelo aço importado, o que limita repasses e afeta as margens das empresas.
A XP Investimentos atualizou as estimativas para o BR Partners (BRBI11), visando incorporar os resultados mais recentes do banco e as atuais projeções macroeconômicas revisadas, além de atualizar o preço-alvo para o final de 2026 de R$ 19 por unit para R$ 21.
Os analistas Bernardo Guttmann e Matheus Guimarães ponderam que a volatilidade do mercado observada no quarto trimestre de 2024 levou o banco a adotar uma postura mais conservadora, com aumento das provisões em antecipação a um eventual crescimento da inadimplência.
As ações do Méliuz (CASH3) acumulam alta de mais de 110% desde quando a empresa de cashback adotou uma estratégia de tesouraria de bitcoin (BTC). E, nesta quarta-feira (25), o BTG Pactual lançou um relatório retomando a cobertura dos papéis com recomendação de compra.
Assim, o BTG também elevou o preço-alvo das ações para R$ 10,00, o que representa um potencial de alta de 43% em relação ao fechamento da última terça-feira (24).
Após o aparente fim da chamada Guerra dos Doze Dias entre Irã e Israel, o índice S&P 500 sobe nesta quarta-feira (25) se aproximando de seu topo histórico.
Para além do cessar-fogo, o mercado também está de olho nas falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, que passa por uma sabatina respondendo a perguntas sobre a última decisão dos juros norte-americanos.
No Giro do Mercado de hoje, Paula Comassetto comenta como esses eventos devem afetar o mercado e os seus investimentos.
Acompanhe ao vivo:
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) oficializou nesta quarta-feira (25) o aumento da mistura do etanol na gasolina, de 27% para 30% (E30). As tensões no Oriente Médio e a volatilidade do petróleo levaram o governo a adiantar a implementação da medida.
Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o E30 deve reduzir em até R$ 0,11 o litro de gasolina e acabar com a importação do combustível. A mistura de biodiesel no diesel também sobe, de 14% para 15% (B15).
A presidente da unidade do Federal Reserve de Boston, Susan Collins, disse que espera que o banco central dos Estados Unidos corte a taxa de juros ainda neste ano.
“Embora eu continue aguardando que seja apropriado retomar a normalização gradual da política monetária ainda neste ano, minha perspectiva pode mudar significativamente à medida que os eventos se desenrolam e o impacto econômico das mudanças em várias políticas governamentais se torna mais nítido”, disse Collins em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (25).
“Muito dependerá do fato de o ‘choque de preços’ das tarifas se dissipar rapidamente”, disse ela.
— Com informações de Reuters
Os rendimentos dos Treasuries firmaram alta nesta terça-feira (25), especialmente na ponta longa da curva, após abrirem o dia em queda.
Às 11h25 (horário de Brasília), a T-note de 2 anos recuava para 3,813%, enquanto a T-note de 10 anos subia a 4,332% e o T-bond de 30 anos avançava para 4,877%.
O movimento ocorre enquanto investidores acompanham a audiência do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Senado dos EUA. Na véspera, Powell já havia defendido, na Câmara, a manutenção da pausa no ciclo de cortes de juros.
O dólar mantém trajetória de alta nesta terça-feira (25), mesmo com a valorização do petróleo no exterior. Por volta das 11h25 (horário de Brasília), a moeda subia 0,59%, a R$ 5,5430.
A pressão vem da forte demanda por moeda americana, especialmente em meio ao fechamento do mês e do semestre, quando são comuns as remessas de recursos para fora do país.
O Banco Central atuou no mercado oferecendo US$ 1 bilhão à vista e realizando recompra via swap reverso de igual valor, mas a oferta não foi suficiente para conter a escalada. A combinação de saída de capital, menor liquidez e movimento de fundos estrangeiros — que realizam lucros e repatriam recursos — contribui para a pressão cambial.
O vencimento dos contratos futuros de câmbio em 1º de julho, com base na Ptax de 30 de junho, também impulsiona ajustes de posições por parte dos investidores. Com isso, o dólar acumula alta de cerca de 3,23% em junho e de 10,43% no ano frente ao real.
Os índices S&P 500 e Nasdaq subiam nesta quarta-feira, rondando uma máxima recorde uma vez que um cessar-fogo entre Israel e Irã parecia estar se mantendo e os investidores aguardavam mais comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell.
>Dow Jones: +0,10% na abertura, para 43.130,33 pontos
>S&P 500: +0,20%, aos 6.104,23 pontos
>Nasdaq: +0,51%, para 20.013,947 pontos
*Com informações da Reuters
As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em alta na manhã desta quarta-feira (25), na comparação com o fechamento anterior.
Na primeira atualização do dia, às 9h28 (horário de Brasília), os papéis atrelados à inflação apresentavam os seguintes retornos:
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, participa do seu segundo dia de sabatina no Congresso dos Estados Unidos (EUA). Nesta quarta-feira (25), também às 11h (horário de Brasília), ele fala no Comitê Bancário do Senado.
Ontem (24), na Câmara dos Representantes, Powell voltou a atribuir o compasso de espera da política monetária às tarifas impostas por Donald Trump. A expectativa do chair do banco central é de que os impactos das políticas comecem a aparecer na inflação de junho ou julho.
A XP elevou a recomendação das ações da Minerva (BEEF3) de neutra para compra, tornando-a a preferida (top pick) do setor.
A corretora também revisou o preço-alvo para o papel no final de 2025: de R$ 8,40 para R$ 7,90 — o que representa um potencial de valorização de 66,7% sobre o preço de fechamento anterior.
“Embora reconheçamos que o cenário otimista não está isento de riscos — especialmente considerando o perfil atual de alavancagem da Companhia — nossas análises de sensibilidade reforçam uma visão construtiva”, escreveram os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak, em relatório.
Eles ainda destacam que o valuation da companhia oferece uma relação de risco-retorno “atrativo”. ” A Minerva se destaca como o único nome na nossa cobertura de Agronegócio e Alimentos e Bebidas que oferece uma história de momentum de lucros, impulsionada por fundamentos favoráveis de oferta e demanda e pela expansão dos ativos recentemente adquiridos”, acrescentaram os analistas.
Em reação, as ações BEEF3 operam entre os maiores ganhos do Ibovespa na primeira hora de negociações. Às 10h40, BEEF3 subia 2,11%, a R$ 4,85.
O BB Investimentos revisou o valuation da RD Saúde (RADL3), reduzindo o preço-alvo das ações de R$ 32,10 para R$ 19,00 ao final de 2025.
A decisão considera os resultados da companhia no 4T24 e 1T25, além do atual cenário macroeconômico. Mesmo com o corte expressivo na projeção, a recomendação para os papéis foi mantida em neutra.
O Itaú BBA elevou o preço-alvo de Vibra (VBBR3) de R$ 29 para R$ 30 no final de 2025 — o que representa um potencial de valorização de 33% sobre o preço de fechamento da véspera. A recomendação de compra foi mantida.
Para a analista Monique Grecco, que assina o relatório, as ações da Vibra seguem descontadas na comparação com as empresas pares, mesmo após o forte desempenho no acumulado do ano.
Além disso, a alavancagem da Vibra posiciona a ação para potencialmente se beneficiar de uma queda na curva de juros, na visão do banco.
O BTG Pactual elevou o preço-alvo de Méliuz (CASH3) de R$ 7,00 para R$ 10 — o que representa um potencial de valorização de 43,5% sobre o preço de fechamento anterior. A recomendação de compra foi mantida.
Os analistas destacam que as ações já subiram 114% desde que a companhia anunciou a mudança estratégica para uma versão de brasileira de “Bitcoin Treasury Company”, emitindo ações e bônus com opções para adquirir BTC e aumentar o número de Bitcoins por ação — o que motivou a retomada da cobertura da Méliuz pelo banco.
O BTG agora estima um lucro por ação (LPA) ajustado de R$ 0,64 e, 2026 e média de R$ 0,85 no período entre 2027 e 2030.
“A tese depende de quatro pilares: valuation do negócio legado, volatilidade das ações, capacidade de emissão e desempenho do BTC – sendo este último o mais relevante.
O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta quarta-feira (25) em queda, de olho no segundo dia de sabatina de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no Congresso norte-americano.
Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,02%, aos 137.142,41 pontos, após variar entre o positivo e o negativo.
O fundo imobiliário CENESP (CNES11) informou na terça-feira (24) que, após o recebimento do pagamento referente a um contrato de locação vencido, aprovou uma distribuição extraordinária de rendimentos no valor total de R$ 132,6 mil.
O montante equivale a aproximadamente R$ 0,004 por cota e será pago em 1º de julho exclusivamente aos investidores que possuíam posição no fechamento de mercado do dia 24 de junho.
O bitcoin (BTC) superou a marca de US$ 107 mil nesta quarta-feira (25), impulsionando o mercado global de criptomoedas, que opera em alta hoje. No entanto, a subida não tem grande fôlego, com alguns tokens oscilando pela manhã.
No cenário econômico global, as bolsas asiáticas fecharam o dia em alta, enquanto o mercado europeu opera em queda. Os futuros de Wall Street, por sua vez, iniciaram o dia sem um único sinal.
O BTG Pactual (BPAC11) é uma das recomendações de compra em day trade da Ágora Investimentos para esta quarta-feira (25).
BPAC11 fechou a última sessão (24) cotada a R$ 42,45. Com alvo em R$ 43,18, o potencial de ganho é de 1,48%.
O anúncio da Vale (VALE3) de troca de presidente no conselho de administração da Vale Base Metals e os juros sobre o capital próprio e programa de recompra da Multiplan (MULT3) são alguns dos destaques corporativos desta quarta-feira (25).
A Vale (VALE3) informou uma mudança no conselho de administração da subsidiária Vale Base Metals. Segundo o documento desta quarta-feira (25), Mark Cutifani deixará a presidência.
Pelo menos 10 fundos imobiliários realizam pagamentos de rendimentos nesta quarta-feira (25), com valores de até R$ 187 por cota, segundo a plataforma Funds Explorer.
A maioria desses FIIs tem como “data com” 17 de junho — ou seja, os cotistas que mantiveram posição até esse dia terão direito de receber os proventos anunciados.
O Brasil registrou déficit em transações correntes menor do que o esperado em maio, enquanto o investimento direto no país ficou abaixo da expectativa, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central.
O déficit em transações correntes ficou em US$ 2,93 bilhões no mês passado, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,26% do Produto Interno Bruto (PIB).
A Vale (VALE3) projeta eliminar até 2027 o uso de água no processamento de minério de ferro das minas de Carajás, a maior área de mineração do produto a céu aberto do mundo, enquanto aumenta a produção da commodity de alta qualidade no projeto Gelado a partir do reaproveitamento de rejeitos minerários remanescentes do complexo no Pará, afirmaram executivos da mineradora.
O encerramento do uso de água no beneficiamento de minério de ferro traz benefícios ambientais, além de eliminar a geração de rejeitos no processo produtivo, dispensando a necessidade de novas barragens para armazená-los. Com isso, há redução de custos pela simplificação de processos, tornando a operação mais competitiva e segura, segundo a mineradora.
Fique por dentro de tudo o que está acontecendo no mercado financeiro:
O projeto de decreto legislativo (PDL) que busca derrubar decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que trata do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) estará na pauta desta quarta-feira (25) na Câmara dos Deputados, disse na noite de terça o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Em publicação no X, Motta disse que também estarão na pauta da Câmara nesta quarta um projeto de lei que isenta de imposto de renda quem ganha até dois salários mínimos mensais.
O fundo imobiliário TRX Real Estate (TRXF11) firmou compromisso para adquirir um novo imóvel localizado em Caldas Novas (GO), atualmente locado ao Assaí Atacadista, por R$ 47,1 milhões.
Segundo fato relevante divulgado na terça-feira (24), o espaço tem 13.986,92 m² de área bruta locável (ABL), está pronto e em operação, e é alugado à varejista por meio de um contrato atípico com prazo de 20 anos — o que garante previsibilidade de receita no longo prazo.
O mercado está de bom humor com a diminuição das tensões no Oriente Médio. No entanto, Jerome Powell pode jogar água fria nas bolsas, que aguardam por um sinal de afrouxamento monetário.
O presidente do Federal Reserve participa do seu segundo dia de sabatina no Congresso norte-americano. Ontem, ele passou pela Câmara dos Representantes e hoje fará seu depoimento e responderá perguntas no Comitê Bancário do Senado.
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