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Tyson retoma política que penaliza absenteísmo de funcionários

03 jun 2020, 11:06 - atualizado em 03 jun 2020, 11:06
Tyson Foods
Segundo o comunicado, os funcionários também continuarão a se qualificar para o pagamento de benefício por invalidez no curto prazo para que possam ser remunerados enquanto estejam doentes (Imagem: Facebook/Tyson Foods)

A Tyson Foods, maior processadora de carne dos Estados Unidos, vai retomar a política de absenteísmo da empresa anterior ao Covid-19, segundo a qual funcionários sofrem penalidades por não comparecer ao trabalho devido a doenças, segundo confirmado pela empresa em comunicado à Bloomberg.

“Estamos restabelecendo nossa política padrão de comparecimento”, disse Gary Mickelson, porta-voz da Tyson, em e-mail.

“Mas nossa posição sobre o Covid-19 não mudou: trabalhadores que apresentem sintomas do vírus ou que testaram positivo continuarão a receber a recomendação de ficar em casa e não serão penalizados”.

Segundo o comunicado, os funcionários também continuarão a se qualificar para o pagamento de benefício por invalidez no curto prazo para que possam ser remunerados enquanto estejam doentes.

Em meados de março, a Tyson anunciou que estava “relaxando as políticas de comparecimento em nossas unidades com a eliminação de qualquer efeito punitivo pela ausência no trabalho devido a doenças”.

Esse não será mais o caso, pois a empresa pretende retomar a política que desencoraja o absenteísmo por meio de um sistema de pontos.

Alguns dos maiores fornecedores de carne dos Estados Unidos reabriram frigoríficos recentemente após a onda de surtos de coronavírus, que obrigou o fechamento temporário de unidades em abril.

As paralisações reduziram a oferta disponível em supermercados e elevou os preços no varejo da carne bovina e suína.

Embora empresas tenham adotado medidas como aumentar estações para lavar as mãos, distribuir viseiras e medir a temperatura de funcionários, especialistas e sindicatos alertam que trabalhadores ainda são colocados em risco em nome da segurança alimentar, pois as processadoras buscam elevar a produção.

O distanciamento físico é quase impossível em unidades que operam linhas de processamento em velocidades muito rápidas.

Houve pelo menos 44 mortes de trabalhadores em frigoríficos e mais de 3 mil testes positivos para o Covid-19, de acordo com estimativas da União Internacional dos Trabalhadores Comerciais e da Alimentação.

Na terça-feira, a Tyson confirmou 591 casos positivos de Covid-19 em 2.303 funcionários testados na unidade de Storm Lake, Iowa, que foi fechada na semana passada.

A produção limitada na unidade será retomada em 3 de junho, informou a empresa, que também confirmou 224 casos positivos entre os 1.483 funcionários do frigorífico de Council Bluffs, Iowa.

Tyson Foods
Na terça-feira, a Tyson confirmou 591 casos positivos de Covid-19 em 2.303 funcionários testados na unidade de Storm Lake, Iowa, que foi fechada na semana passada (Imagem: Facebook/ Tyson Foods)

Mickelson também destacou medidas para conter a propagação do vírus nas unidades, como medição de temperatura antes dos turnos, distribuição de máscaras aos trabalhadores e instalação de barreiras físicas entre as estações de trabalho.

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