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Vale (VALE3): Mercado trabalha com premissas irrealistas, diz BTG

07 dez 2022, 16:59 - atualizado em 07 dez 2022, 17:05
Vale
Para os analistas do banco, a baixa de hoje de VALE3 representa uma oportunidade de compra.(Imagem: YouTube/Vale)

Ao precificar a Vale (VALE3), o mercado trabalha com premissas irrealistas de preços de minério de ferro a US$ 70, disse o BTG Pactual nesta quarta-feira (7).

A cotação da commodity pode chegar a US$ 120 a tonelada, de acordo com o banco, em relatório assinado por Leonardo Correa e Caio Greiner.

A melhora do preço do minério de ferro, e por consequência das ações da Vale, aconteceria por causa de um mercado “apertado” em 2023 – alimentado, segundo o BTG, por alguma demanda reprimida na reabertura da China e oferta restrita.

Queda de VALE3

As ações da Vale caíam mais de 4% nesta quarta, a R$ 84,24, após a companhia divulgar o guidance para 2023. “Está claro para nós que a Vale subestimou os desafios pós-Brumadinho, e agora está ajustando o plano de jogo e buscando recuperar a confiança dos investidores”, disse o banco.

Para os analistas, no entanto, a baixa de hoje representa uma oportunidade de compra. “Entendemos que os investidores estão realizando lucros”, ponderaram, destacando a orientação inalterada do minério de ferro para 2023 de 310-320 milhões de toneladas.

O guidance, segundo o BTG, ficou apenas 3% abaixo da previsão do banco e reflete a dinâmica geral da indústria. “Os australianos também estão lutando para manter a produção”, destacou o banco em relatório.

A instituição comentou que a diminuição do guidance de minério de ferro de longo prazo para 340-360 milhões de toneladas (ante 400 milhões) seria um movimento “prudente”. A postura, disse o banco, reflete alguns licenciamentos e fatores geológicos, bem como sua estratégia de valor sobre volume.

“Já estávamos prevendo uma produção de longo prazo de 350-360 milhões, então essa atualização faz pouco para mudar nosso modelo de VPL (valor presente líquido)”, afirmaram os analistas.

O BTG considera ainda ser importante observar que os “esforços contínuos” de monetização de metais básicos, que, avalia, podem liberar valor relevante e impulsionar um crescimento mais forte da produção de longo prazo.

Para os analistas, os custos de caixa do minério de ferro C1 estão alinhados com as previsões do BTG. No entanto, disseram, o custo de entrega de longo prazo da Vale na China estão 10% acima da previsão.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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