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VALE3 é destaque entre mineradoras e siderúrgicas com disparada de 3% nesta terça (11); veja 5 recomendações para a ação

11 jul 2023, 19:22 - atualizado em 11 jul 2023, 19:22
Vale
Vale dispara mais de 3% em dia positivo para o minério de ferro; veja a seguir o que analistas recomendam fazer com a ação (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

O setor de mineração e siderurgia ganhou impulso nesta terça-feira (11), apoiado por decisões positivas do governo chinês que visam levantar a economia local liberando novos incentivos ao mercado imobiliário.

O Banco do Povo da China (PBoC) anunciou a extensão até o fim de 2024 de um pacote de resgate voltado ao setor imobiliário do país. As expectativas criadas em cima dos estímulos foram renovadas e fizeram com que os preços do minério de ferro subissem na sessão, com a commodity avançando 1,8% na Bolsa de Cingapura, a cerca de US$ 105 a tonelada.

A recuperação do ingrediente siderúrgico impulsionou as empresas brasileiras negociadas na Bolsa. Vale (VALE3) se sobressaiu ao disparar 3,29%, movimento bem acima das valorizações mais modestas de Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3). CSN Mineração (CMIN3) fechou no zero a zero, enquanto Usiminas (USIM5) caiu.

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Cenário de sobreoferta

O caminho do minério de ferro segue como uma incógnita. Isso porque as incertezas sobre a retomada da China persistem.

A divulgação de dados econômicos mais fracos levou a uma revisão generalizada de expectativas nos mercados. O Goldman Sachs avalia que o minério de ferro está entrando em ponto de inflexão, para uma fase de sobreoferta no segundo semestre. Para os analistas, os preços do minério de ferro têm espaço para novas quedas, devendo atingir média de US$ 90/tonelada no período.

O banco cita, em relatório divulgado em junho, um cenário de demanda global por aço “crescentemente mais opressivo” pela contração do mercado imobiliário na China e ventos contrários na manufatura global.

Enquanto isso, Igor Guedes, da Genial Investimentos, diz que a recuperação da atividade econômica chinesa está acontecendo, mas não como o esperado. O processo de reabertura da potência asiática pós-Covid está indo na contramão do consenso, sendo mais orientada a serviços, e não por bens (que é o que beneficia a indústria siderúrgica).

Isso acabou frustrando o mercado, o que levou a uma penalização sobre as ações considerada exagerada pela corretora, principalmente em se tratando de Vale.

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VALE3 e a divergência de opiniões

A Genial segue construtiva com a tese de investimento da Vale, dado o perfil maduro da empresa e a sua capacidade de distribuir bons dividendos aos acionistas.

A corretora, que tem recomendação de compra para as ações, defende que a Vale continua sendo uma empresa muito boa, apesar dos números fracos divulgados no primeiro trimestre do ano, e deve seguir pagando um dividend yield “bastante interessante”. Com a queda no ano, a Vale, pelo preço atual, está barata, acrescenta a Genial.

A Vale também faz parte das recomendações da Empiricus Research, que vê o investimento em Vale neste momento como oportuno para o investidor com orientação a longo prazo. O analista João Piccioni afirma que a ação continuará barata “por um bom tempo”.

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O Itaú BBA, que também tem indicação de compra para a mineradora, destaca que a companhia parece negociar com um desconto de aproximadamente 25-30% para as companhias de mineração australianas, acima da média histórica.

Além disso, a corretora estima um yield de fluxo de caixa “decente” de 10% para 2023, com quase todo o percentual sendo distribuído via dividendos e programas de recompra de ações.

A XP Investimentos e o Inter Research estão mais cautelosos com a Vale. Neste mês, a primeira instituição rebaixou as ações para “neutro”, sugerindo um preço-alvo de R$ 73. A corretora estima que o minério de ferro será cotado a US$ 75 por tonelada no longo prazo.

Também com uma visão mais conservadora para a matéria-prima siderúrgica, o Inter tem recomendação neutra para a Vale, mas ressalta que, para uma carteira voltada a proventos, a Vale ainda é uma forte geradora de caixa e deve seguir pagando bem os acionistas – ainda que em menor patamar quando comparado aos últimos dois anos.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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